By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O empresário José Wilson de Souza, de 56 anos, que morreu em Santos, no litoral de São Paulo, em decorrência da criptococose, conhecida como ‘doença do pombo’, só recebeu o diagnóstico após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), segundo a família. Em entrevista ao G1 nesta
quinta-feira (8), a empresária Ana Lucia Martins de Souza, de 51,
esposa de José, conta que uma médica neurologista chegou a desconfiar
que ele tivesse com síndrome do pânico.
"A gente correu, investigou e mesmo assim não teve sucesso em receber
um diagnóstico completo. Eu sabia que o pombo trazia doença, mas eu não
sabia que era uma doença tão grave como essa. É importante as pessoas
ficarem em alerta", diz a esposa.
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Ela conta que o marido começou a se queixar de dores intensas na cabeça
em meados de março deste ano. Desde então, ele consultou médicos de
diferentes especialidades e chegou a receber um diagnóstico de enxaqueca
com aura.
No mesmo mês, José passou mal e foi levado ao hospital. Ele ficou
internado e os médicos disseram que ele havia tido um AVC. Após exames, o
empresário foi diagnosticado com meningite fúngica e o fungo Cryptococcus Gatti foi identificado em seu organismo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o principal reservatório do fungo é
matéria orgânica morta presente no solo, em frutas secas, cereais e nas
árvores. Ele também pode ser encontrado nas fezes de aves,
principalmente dos pombos.
Eles se espalham pelo ar e o risco maior está em ambientes fechados,
onde esses animais se abrigam. Após ser inalado pelas pessoas, o fungo
se instala no pulmão e, depois, migra para o sistema nervoso central.
Ana Lucia conta que a doença acometeu o cérebro do marido e ele entrou
em coma. José foi internado na Santa Casa de Santos e passou a receber
medicamentos antifúngicos, mas não resistiu e morreu no dia 19 de julho.
'Doença do pombo'
Em entrevista, a infectologista Rosana Richtmann
disse que a rápida reprodução dos pombos dificulta o controle da doença
em grandes cidades. "As fezes ressecadas dos pombos, espalhadas pelo
vento, podem ser inaladas e causar doenças", declarou. A ordem é evitar o
contato com animais e lugares de concentração dos pombos.
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A Secretaria de Saúde de Santos informou que a doença não é de
notificação obrigatória pelas unidades de saúde públicas e particulares,
conforme os atuais protocolos. Por essa razão, não há dados.
Entretanto, a municipalidade declarou que realiza ações educativas para
prevenção e de controle de pragas urbanas.
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