By: INTERVALO DA NOTICIAS
Em evento oficial em plena BR-116, em Pelotas, no Rio Grande do Sul,
para inaugurar a duplicação de 47 km da rodovia, o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) reagiu às buzinas de um caminhão que dava sinal de apoio
ao passar pela estrada e anunciou o fim dos radares móveis nas estradas
federais a partir da próxima semana.
“É só eu determinar à PRF (Polícia Rodoviária Federal) que não use
mais”, disse Bolsonaro ao ser questionado sobre como eliminaria os
radares.
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“Já que o caminhoneiro tocou a buzina ali. Vou deixar bem claro. Não
são apenas palavras. Tô com uma briga, juntamente com o Tarcísio [Gomes,
ministro da Infraestrutura], na Justiça, para acabar com os pardais no
Brasil. Essa máfia de multa, que vai para os bolsos de uns poucos daqui
desta nação. É uma roubalheira esta verdadeira indústria da multa que
existe no Brasil. Anuncio para vocês, que a partir da semana que vem não
teremos mais radares móveis no Brasil. Essa covardia, de ficar no
‘descidão’, de ficar no final do ‘retão’, alguém atrás do mato para
multar vocês, não existirá mais”, disse o presidente, ovacionado.
Desde o início de seu mandato, Bolsonaro tem dito que iria retirar
todos os dispositivos de controle de velocidades das estradas federais.
A medida não tem amparo na ciência, que atesta maior segurança nas
estradas com esse dispositivo, nem na opinião pública. Levantamento
feito pela Folha mostrou que houve redução média de mortes de 21,7% nos
quilômetros de rodovias federais em que o dispositivo eletrônico foi
colocado.
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O número é semelhante a outros estudos e análises do Dnit
(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Enquanto isso,
segundo o Datafolha, 67% dos brasileiros reprovam a retirada dos
radares.
A caça aos radares fixos começou logo no primeiro semestre, quando o
governo passou a não assinar contratos que já haviam sido licitados.
Em julho, Bolsonaro fez um acordo com o MPF para colocar 2.278
radares fixos em trechos críticos para acidentes sem monitoramento. Além
disso, técnicos do Dnit defendem os radares. Um estudo obtido pela
Folha mostra que 8.301 faixas precisam de monitoramento (radar ou
lombada eletrônica).
Diante da luta judicial para acabar com os radares fixos, Bolsonaro
agora se volta para os radares móveis, que não foram contemplados pela
ação da Justiça. Diferente dos radares fixos, que têm amarras
contratuais e pressão do judiciário, o uso dos radares móveis depende
apensas da PRF.
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