By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O ex-assessor Fabrício Queiroz confirmou, em nota encaminhada por seu
advogado nesta terça-feira (22), ter sido ele o autor das indicações de
familiares do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães para vagas no
gabinete do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ), na Alerj. A informação havia sido divulgada por Flávio Bolsonaro.
"Vale frisar que o Sr. Fabrício solicitou a nomeação da esposa e mãe do
Sr. Adriano para exercerem atividade de assessoria no gabinete em que
trabalhava, uma vez que se solidarizou com a família que passava por
grande dificuldade, pois à época ele estava injustamente preso, em razão
de um auto de resistência que foi, posteriormente, tipificado como
homicídio, caso este que já foi julgado e todos os envolvidos
devidamente inocentados", diz a nota.
Raimunda Veras Magalhães, mãe do ex-capitão do Batalhão de Operações
Especiais (Bope) aparece em relatório do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) como uma das pessoas que fizeram depósitos
para Queiroz.
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A mulher, de acordo com o relatório do Coaf, depositou R$ 4,6 mil na
conta de Queiroz, e aparece na folha salarial da Assembleia Legislativa
do RJ (Alerj) com salário líquido de R$ 5.124,62.
A esposa de Adriano, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, também
trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro, e recebendo o mesmo salário
da sogra. Ela é listada na Alerj desde novembro de 2010 e foi exonerada
junto com Raimunda.
Adriano, também conhecido como Gordinho, foi um dos alvos de operação deflagrada nesta terça-feira (22) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e Polícia Civil
para prender milicianos suspeitos de grilagem de terras. Até a última
atualização desta matéria, o ex-PM era considerado foragido.
O texto divulgado pela defesa de Queiroz ressalta que o ex-assessor não
sabia de suposto envolvimento de Adriano com "eventuais atividades
milicianas". Segundo o comunicado, Queiroz e o ex-capitão se conheceram
no 18º Batalhão de Polícia Militar (Jacarepaguá), quando trabalharam
juntos.
As indicações de Danielle e Raimunda, diz a nota, ocorreram porque o
ex-assessor "se solidarizou" com a família de Adriano, que "passava por
grande dificuldade" devido a uma prisão classificada por Queiroz como
injusta.
O texto da defesa acrescenta que foi Fabrício Queiroz o autor de pedido
a Flávio Bolsonaro para que o suspeito fosse homenageado na Alerj.
Inclusive, o ex-assessor contou que chegou a indicar o ex-PM do Bope
para trabalhar no gabinete de Flávio "em razão dos elevados índices de
êxito na condução das ocorrências policiais registradas".
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Anos depois, o ex-PM foi expulso da corporação após ser preso duas
vezes por ligações com a máfia dos caça-níqueis. No ano passado, Adriano
chegou a ser ouvido pela Delegacia de Homicídios da Capital como
testemunha no inquérito que apura os assassinatos da vereadora Marielle
Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
Durante coletiva de imprensa nesta terça, o MP, por meio do Grupo de
Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), informou que
não descarta que Adriano integre o grupo de milicianos da Muzema e de
Rio das Pedras. Segundo promotores, a quadrilha também é suspeita de
participação no assassinato da vereadora e do motorista.
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