By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
Apaixonado pela Polícia
Militar (PM), o jovem Arthur Ferreira, de 23 anos,
sempre gostou de estudar. Ele terminou o Ensino Médio e teve uma boa classificação
no Enem, um verdadeiro orgulho para toda a família. O detalhe, nessa história,
é que ele nasceu com paralisia cerebral, mas teve a
capacidade cognitiva conservada.
Morador de Xanxerê, em Santa
Catarina, ele não anda, não fala e já não consegue mais segurar um lápis para
escrever. Mesmo assim, continua a viver com um sorriso no rosto e muita
alegria, como descrevem os amigos e familiares. Foi justamente essa
sensibilidade que chamou a atenção do soldado Gustavo dos Santos, do 13º
Batalhão da Polícia Militar (PM), de Curitiba, que resolveu fazer uma visita ao
jovem.
O policial, que sempre viaja para
Xanxerê para ver os pais, ficou sabendo da história do rapaz por meio de uma
conversa com um caminhoneiro da região. Ele ficou admirado ao saber que Arthur
é apaixonado pela PM e decidiu fazer uma surpresa.
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“Eu tive a ideia de entregar uma
farda para ele, como forma de agradecimento por ele acreditar no nosso serviço.
Falei com o capitão Murbach e ele autorizou a iniciativa. Para mim, foi uma
honra conhecer o Arthur porque, apesar de tantos problemas de saúde, que
restringem os movimentos e a fala, ele não deixa de sorrir e de acreditar na
recuperação. Isso nos motiva cada vez mais”, disse o soldado em entrevista à Banda
B.
O militar também se compadeceu ao
conhecer as necessidades de Arthur, que sofre com convulsões, escoliose e
osteoporose severas. “A mãe dele, a Eleandra, deixou de trabalhar como auxiliar
de limpeza há três anos só para cuidar do filho. Ele precisa tomar uma injeção
diariamente, que custa R$ 3,4 mil por mês, para combater a osteoporose. A
família até ganhou uma ação judicial que determina que o governo arque com o
valor, mas na prática ainda não houve nenhum resultado efetivo”.
O soldado explicou que a família
vive de doações, já que a mãe não trabalha e o rapaz tem que tomar vários
medicamentos. “A entrega da farda teve uma repercussão bem grande, o que foi
importante para incentivar as pessoas a ajudarem essa família. O Arthur merece
bastante… Nós sempre dizemos que, apesar de não falar, ele se expressa com o
coração”, completou.
A história do Arthur
A mãe, Eleandra Ferreira, de 43
anos, contou que sempre cuidou de Arthur sozinha, já que o pai do menino a
abandonou quando ela descobriu a gravidez. Ela afirmou que a gestação foi
normal e que só percebeu que havia algo errado com a saúde do filho quando ele
tinha dois meses de idade.
“Foi aí que ele começou a chorar e
se jogar para trás, sentindo uma dor muito grande, que a gente não sabia de
onde vinha. A pediatra pediu para fazer exames e, aos três meses, descobrimos
que ele tinha a parte motora paralisada. Já a aprendizagem dele é conservada,
ele entende tudo normal, por isso conseguiu concluir os estudos”, relatou
Eleandra.
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No segundo ano do Ensino Médio, a
situação de Arthur piorou. A coluna dele começou a atrofiar cada vez mais e ele
já não conseguia escrever. Ele terminou o colégio fazendo todas as atividades
em um notebook e, posteriormente, passou no Enem.
O jovem só não fez vestibular
porque o estado de saúde já estava bastante comprometido. “Com os exames, os
médicos explicaram que a atrofia avançada era causada pela osteoporose, que
torna os ossos frágeis. A gente tentou tratar com cálcio e vitamina, mas não
deu certo. Agora, precisamos da injeção Forteo, que custa R$ 3,4 mil por mês”.
A injeção
O tratamento com a injeção é o
único que pode tornar Arthur apto a passar por uma cirurgia que faça com que
ele continue respirando naturalmente. Apesar de ter conseguido na Justiça que o
governo pague o medicamento, a família ainda não recebeu nenhum dinheiro.
“Até agora nós não tivemos retorno.
É complicado porque eu só vivo com o benefício do INSS e consigo ajuda dos meus
pais, que são aposentados. Além da injeção, o Arthur toma remédio para
convulsão e é atendido em consultas particulares, porque no SUS [Sistema Único
de Saúde] demora muito e ele não pode esperar. Estamos correndo contra o tempo,
ele tem que fazer essa cirurgia”, finalizou a mãe.
Como ajudar
Além das injeções, Arthur, que pesa
34 quilos, precisa de fraldas e uma alimentação especial. Quem puder ajudar a
família pode entrar em contato com a mãe pelo telefone (49) 99126-8973. Confira
abaixo os números das contas bancárias para doações:
Caixa Econômica Federal
Agência: 0701
Op: 013
Conta: 00097892-5 (poupança)
Op: 013
Conta: 00097892-5 (poupança)
Banco Bradesco
Agência: 0385-9
Conta: 0701488-0 (corrente)
Conta: 0701488-0 (corrente)
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