quarta-feira, 11 de abril de 2018

Com atrasos em folha, médicos do Santa Tereza podem paralisar atividades


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REDE SUL DE NOTICIAS Imagem: Divulgação


Um documento assinado por 42 médicos do Instituto Virmond, de Guarapuava, prevê a paralisação do corpo clínico do Hospital Santa Tereza, caso o pagamento de salários dos médicos não seja normalizado até o dia 30 de abril. Segundo o documento, os médicos estão com atrasos em folha desde novembro de 2017.
O caso veio à tona nessa terça feira (9), quando vereadores que integram a Comissão Municipal de Saúde repercutiram o documento assinado pelos médicos na plenária da Câmara Municipal.
De acordo com o vereador Pedro Moraes, que preside a Comissão, o documento dos médicos foi protocolado também junto à 5ª Regional de Saúde, Conselho Regional de Medicina e também junto à diretoria do Instituto Virmond.
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“Nosso objetivo, enquanto comissão, foi de trazer o caso para pauta pública antes que algo pior pudesse acontecer e os serviços para toda região fossem paralisados sem aviso prévio”.
No documento, recebido pela Comissão há cerca de duas semanas, os médicos argumentam que o Instituto Virmond responsabiliza o não pagamento à falta de repasse pontual dos valores do Programa de Apoio aos Hospitais Públicos e Filantrópicos do Paraná (HOSPSUS). De acordo com Pedro, o valor do repasse pelo Governo do Estado do Paraná, neste programa, é de cerca de R$ 250 mil.
“O hospital argumenta que aumentou muito a demanda do SUS devido ao momento de crise que o país passa, e, em contrapartida, diminuiu o número de atendimentos na ala particular. Isso já teria influenciado nos atrasos. A tabela defasada do SUS também influencia na hora de fechar o caixa da instituição no final do mês”.
Na visão de Terezinha Daiprai, vereadora que integra a Comissão, é importante lembrar que o hospital tem atendimentos particulares e uma abrangência em quase 20 municípios da região.
“Até que ponto este problema não está no controle de gestão?”, questiona a vereadora.
ARGUMENTAÇÃO
No documento assinado pelos médicos, eles argumentam que vivem para cuidar do próximo e precisam “ter a garantia de condições de trabalho e adequada e pontual remuneração que garantam a serenidade e dignidade que precisamos para exercer nossa vocação”.
A reportagem procurou a direção do Instituto Virmond para falar sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria (17h) não teve retorno. Ainda não há informações de quando o hospital pretende pagar os médicos.


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