By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANÁ PORTAL – Imagem: Divulgação
Em um dos trechos da gravação de quatro horas da conversa entre o ex-diretor de
Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, e Joesley Batista, um dos donos
da empresa, entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR), o
ex-diretor lamenta ter que “jogar esses amigos tudo no fogo”.
Ele cita na conversa os
governadores do Paraná, Beto Richa (PSDB), e de Santa Catarina, Raimundo
Colombo (PSD), como “coitadinhos” e diz que fez repasses em dinheiro a ambos.
“A questão é ter que jogar esses
amigos tudo no fogo. Os governadores, coitadinhos… Beto Richa… Pegou tudo em
dinheiro no [supermercado] Angeloni… Fui eu e aquele [inaudível] entregar pro
[inaudível] Richa no Angeloni… [Raimundo] Colombo…”, diz Saud a Joesley.
Em delação premiada homologada pelo
Supremo Tribunal Federal, em maio, Ricardo Saud relatou um pagamento de R$ 1 milhão em dinheiro para Pepe Richa,
irmão do governador e atual secretário de Estado de Infraestrutura e Logística.
Saud chamou Pepe de “emissário de Richa”.
A entrega do dinheiro teria
ocorrido no carro do irmão do governador, na porta de um supermercado em
Curitiba. O encontro foi negado pelo irmão do governador. A menção a Richa
ocorreu entre o relato de esquemas de pagamento de propina para 1.829
candidatos de 28 partidos no Brasil, por meio de doações oficiais.
Em nota, o diretório estadual do
PSDB afirma que todas as doações são legais. “Em razão de insinuações sem
qualquer relação com a realidade e a verdade, o Diretório Estadual do PSDB no
Paraná ratifica que o governador Beto Richa jamais fez captação de recursos
para campanhas eleitorais. Para este fim, a cada eleição, é instituído um
comitê financeiro, formado por dirigentes do partido. Assim se deu na campanha
eleitoral de 2014.
Desta forma, o PSDB-PR reitera
que recebeu duas doações oficiais do grupo JBS S/A, nos valores de R$
1.000.000,00 (um milhão de reais) e R$ 1.000,00 (um mil reais),
respectivamente. As referidas doações estão declaradas na prestação de contas
entregue à Justiça Eleitoral e em conformidade com a legislação vigente à época
das eleições de 2014.
O PSDB-PR lamenta que
declarações infundadas, com nítido enfoque de articular uma grave armação
contra as instituições nacionais, atinjam pessoas que nada tem a ver com os
fatos pretendidos.
Na conversa mencionada há uma
clara intenção dos envolvidos em escolher terceiros para transferir as suas
responsabilidades. E, por fim, mostra uma grave contradição desta conversa com
o depoimento já prestado pelo senhor Ricardo Saud à Procuradoria-Geral da
República.”, diz a nota na íntegra.
Em entrevista ao Diário Catarinense ,
Raimundo Colombo negou o repasse ilegal de dinheiro e reafirmou seu
posicionamento de quando foi divulgada a delação da JBS.
Segundo o governador, a empresa fez
doações ao diretório nacional de seu partido, o PSD, que foram repassadas ao
diretório estadual e destinados legalmente à sua campanha em 2014. Colombo
refutou relação de amizade com executivos da JBS e reafirmou sua posição.
“Não assisti (a gravação), eu
estava viajando. Mas o que posso falar de forma clara, verdadeira,
absolutamente sincera é que a JBS fez uma doação para o diretório nacional do
partido, que transferiu para o diretório estadual. Dentro da lei, com absoluto
critério. Nada é além disso, eu garanto a vocês. Isso está ficando claro pelo
comportamento das próprias pessoas. Não coloquem a gente nessa vala comum
porque isso a gente não merece, não é justo”, disse o governador ao jornal.
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