segunda-feira, 17 de julho de 2017

Emater apoia de Conferência da Indústria Ervateira Paranaense



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A REDE Imagem: Divulgação


Indústrias, produtores, pesquisadores e técnicos extensionistas participarão da Conferência da Indústria Ervateira do Paraná, que acontece na próxima sexta-feira (21), no município de Ivaí, nos Campos Gerais. Realizam o evento o Instituto Emater, a Secretaria de Estado da Agricultura, a prefeitura de Ivaí e a indústria ervateira Bitumirim. 
A conferência apresentará o posicionamento estratégico do setor ervateiro industrial, principalmente o mercado externo, e estabelecerá critérios técnicos e de organização do setor (para produtores e industriais) capazes de contribuir com o planejamento da próxima safra, que começa ser trabalha a partir de agosto.
Segundo o engenheiro agrônomo Jorge Mazuchowski, do Emater, será uma oportunidade para o setor industrial apresentar as principais demandas e necessidades, expectativas de volume a ser adquirido, seleção de tipos de folhas que preferem comprar e indicar preço a ser pago aos produtores.
“A partir de agosto, os técnicos do Instituto começam a planejar, com as famílias produtoras, as ações dos próximos 12 meses”, explica Jorge Mazuchowski. “É importante essa sinalização do setor industrial, para que o trabalho feito em campo atenda o interesse de quem planta e de quem compra a produção".
O Curso
Para fortalecer a assistência às famílias de agricultores que produzem erva-mate, o Emater e a Secretaria da Agricultura estão realizando, desde abril deste ano, em União da Vitória, um curso modular para capacitar 60 técnicos ligados à cadeia produtiva.
O treinamento, com 96 horas de duração, será concluído em setembro e tem a participação de 40 servidores da Emater e 20 da iniciativa privada. "Os indicadores e conclusões da Conferência serão úteis para esses profissionais”, comenta Mazuchowski.
O curso visa uniformizar procedimentos técnicos e repassar conceitos sobre o uso de tecnologia para o cultivo de erva-mate sombreada. Segundo Mazuchowski, a erva-mate produzida nestas condições tem uma característica de qualidade superior, tanto em composição química quanto em sabor, além de se adaptar mais ao gosto do consumidor brasileiro, em especial.
A erva-mate cultivada no sistema sombreado ainda é conhecida como erval nativo, embora muitas dessas áreas cultivadas resultem de plantio feito sob bosques de pinheiro, imbuia, canela. 
Safras
Em 2013, conforme dados de pesquisa do IBGE, o Brasil produziu 860 mil toneladas de erva-mate, seguido pela Argentina, com 690 mil toneladas, e o Paraguai, com 85 mil toneladas anuais. Da safra Brasileira, o Paraná, naquele período, colheu 450 mil toneladas, pouco mais da metade de toda a produção nacional. Outro detalhe importante é que 254 mil toneladas da colheita paranaense, ou quase 60%, saiu de plantações sombreadas.
A colheita da erva-mate acontece no inverno, com folhas maduras e de maior rendimento industrial. Ela começa em maio e se estende até agosto. Para Mazuchowski, o trabalho dos produtores transcorre de forma tranquila e o preço pago pelo produto remunera os custos de produção e garante uma margem líquida que satisfaz os plantadores. Este preço varia conforme o tipo de erveiras de cada município, da localização do erval e da indústria, variando de R$12,00 a R$18,00 a arroba de folhas maduras.
Debates
A Conferência da Indústria Ervateira do Paraná deve debater temas como usos alternativos da erva-mate, como produção de bebidas energéticas, cosméticos, corantes naturais e fármacos; certificação da erva-mate para o mercado internacional; padrões para exportação e reformulação da indústria; e futuro da cadeia produtiva.

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