By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Divulgação
Nas eleições de 2014, Celso Russomanno (PRB-SP), Tiririca (PR-SP), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Marco Feliciano
(PSC-SP) foram os que tiveram mais votos, em números absolutos, no
Brasil. Campeões nas urnas, eles têm o perfil que pode ser favorecido
com a adoção do distritão, sistema eleitoral em discussão na Câmara dos
Deputados.
A alteração é um dos pontos da reforma eleitoral,
em discussão na Câmara e que precisa ser aprovada pelo Congresso
Nacional até setembro para valer para 2018 (leia mais no fim do texto).
Integrantes
de partidos da base, os quatro campeões de voto foram a favor da
reforma trabalhista, com exceção de Tiririca. Na Proposta de Emenda à
Constituição que estabeleceu o teto de gastos públicos, todos votaram
pela aprovação.
Confira o desempenho de 2015 a julho de 2017 dos deputados com mais votos em 2014.
Celso Russomanno
Com
1.524.361 votos em 2014, o apresentador de televisão e especialista em
Direito do Consumidor, Celso Russomanno se tornou o deputado federal
mais votado do Brasil. O montante equivale a 7,26% dos eleitores de São
Paulo, à época.
Em
seu 5º mandato na Câmara, o parlamentar foi líder do PRB até fevereiro
de 2016. De janeiro de 2015 a julho de 2017, gastou R$ 518.546,40 em
cota parlamentar e não participou de qualquer missão oficial nesta
legislatura.
Neste
ano, foi a 58 de 60 sessões deliberativas (97% de presença). Em 2016,
compareceu a 81 de 94 sessões (86%) e em 2015, 115 de 125 (92%).
O
deputado é titular na Comissão de Defesa do Consumidor e de outras
quatro comissões especiais. É suplente na Comissão de Relações
Exteriores e em outras quatro comissões especiais. Foi suplente na
Comissão de Segurança Pública.
Nesta
legislatura, a única proposição em que é um dos autores transformada em
norma jurídica foi o PL-4639/2016, que deu origem à Lei Ordinária
13269/2016. O texto autoriza a produção e o uso da fosfoetanolamina sintética aos pacientes com câncer.
Em março, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) suspendeu a inclusão de novos pacientes
nos testes com a substância conhecida como a "pílula do câncer" porque
os testes com 72 voluntários não mostraram evidências de que o produto
seja eficiente para combater tumores.
Dos
projetos de lei ainda em tramitação, Russomanno relatou, desde 2015,
seis propostas, todas na Comissão de Defesa do Consumidor. Quatro foram
aprovadas e duas aguardam deliberação.
Tiririca
Francisco
Everardo Oliveira Silva, conhecido pelo nome artístico de Tiririca, foi
o terceiro deputado federal mais votado em todas eleições do Brasil. Em
2014, ele só perdeu para Russomano, ficando com 1.016.796 de votos, o
equivalente a 4,84% dos eleitores paulistas.
Desde
2015, compareceu a todas as 279 sessões deliberativas em plenário e
nessa legislatura, é titular da Comissão de Cultura e da Comissão de
Turismo. O parlamentar não integra outros colegiados nem como suplente.
No
mandato atual, não relatou nem foi autor de qualquer projeto que tenha
se tornado norma jurídica. No mandato anterior, de 2011 a 2015, a única
proposta de sua relatoria que se tornou lei foi a que dá o título de
"Capital Nacional do Antigomobilismo" ao município de Caçapava (SP).
Das
propostas ainda em tramitação, Tiririca relatou, desde 2015, seis
projetos de lei, todos na Comissão de Cultura. Os textos tratam de
nomeações de viadutos, da criação do Dia Nacional do Condutor de
Ambulância e do Dia Nacional do Zootecnista e do título de "Capital
Nacional do Morango" ao município de Atibaia (SP).
De
janeiro de 2015 a julho de 2017, gastou R$ 371.180,99 em cota
parlamentar e não participou de qualquer missão oficial nesta
legislatura.
Jair Bolsonaro
Campeão
de votos no Rio, Jair Bolsonaro teve apoio de 464.572 (6,10% do total
no estado). Desde fevereiro, foi a 49 de 60 sessões deliberativas (82%
de presença). Em 2016, compareceu a 89 de 94 sessões (95%) e em 2015,
121 de 125 (97%).
Desde 2015, gastou R$ 807.101,61 de cota parlamentar. O parlamentar está em seu sexto mandato na Câmara dos Deputados.
É
titular da Comissão de Educação e da Comissão de Relações Exteriores,
além da comissão para acompanhar a crise no Rio. Integrou também a
Comissão de Direitos Humanos e a De Segurança Pública em 2015, além do
colegiado que analisou o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
Atualmente,
é suplente da Comissão de Segurança e de outros dois colegiados.
Integrou ainda outras quatro comissões como suplente, incluindo a que
discutiu a redução da maioridade penal e a CPI da Funai.
Nesta
legislatura, não relatou qualquer proposta que tenha se transformando
em lei. Assim como Russomanno, Bolsonaro é um dos autores do PL que
liberou a "pílula do câncer".
Dos
PLs em tramitação, Bolsonaro relatou, desde 2015, três projetos de lei.
Dois pareceres do parlamentar foram aprovados em comissões e um ainda
não foi votado.
Marco Feliciano
Quarto
deputado na lista dos com mais votos em 2014, Marco Feliciano foi a
escolha de 398.087 eleitores no último pleito, o equivale a 1,90% dos
que votaram no estado de São Paulo.
Desde
2015, foram R$ 1.017.199,08 gastos em cota parlamentar. Neste ano,
esteve presente em 55 das 60 sessões deliberativas (92%). A assiduidade
foi de 94% em 2016 e de 78% em 2015.
Feliciano está no segundo mandato na Câmara e de maio de 2016 a fevereiro de 2017 foi líder do PSC.
É
titular da Comissão de Seguridade Social e a de Defesa dos Direitos da
Pessoa Idosa, além de outros quatro colegiados, sendo um que analisa
proposta sobre ensino religioso - no qual é primeiro vice-presidente - e
outro sobre aborto.
Também integrou como titular a comissão do impeachment de Dilma Rousseff, a do Estatuto da Família
- na qual foi primeiro-vice-presidente -, além das comissões de
Constituição e Justiça (CCJ), Direitos Humanos, Educação e de Cultura e
quatro CPIs.
Como
suplente, faz parte da CCJ e da Comissão de Ciência e Tecnologia e da
que discute a Escola sem Partido. Também integrou como suplente as
comissões da reforma trabalhista e da Previdência.
Nesta
legislatura, não relatou qualquer projeto de lei que tenha se
transformado em norma, tampouco é autor de qualquer proposta que tenha
dado origem a uma lei.
Dos
cinco PLs em tramitação em que foi designado relator nesta legislatura,
os pareceres de dois foram aprovados, ambos sobre nomeação de viadutos.
Procurados, os deputados não quiseram comentar a atuação.
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