By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
A depressão é hoje a principal causa de problemas de saúde e invalidez
no mundo, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta
quinta-feira (30). A organização ressaltou que a doença afeta mais de
300 milhões de pessoas.
Os índices de depressão aumentaram mais de 18% desde 2005, mas a falta
de apoio à saúde mental, combinada ao temor comum da estigmatização, faz
com que muitos não recebam o tratamento que precisam para viver de
maneira saudável e produtiva.
"Estas novas cifras são um chamado para que todos os países repensem
suas abordagens para a saúde mental e a tratem com a urgência que ela
merece", disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS, em um comunicado
feito na sede da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) em
Genebra.
A OMS está realizando uma campanha de saúde mental para enfrentar os
estigmas e os equívocos ligados ao tema chamada "Depressão: Vamos
Conversar".
"Para alguém que vive com depressão, conversar com uma pessoa em quem
confiam muitas vezes é o primeiro passo rumo ao tratamento e à
recuperação", disse Shekhar Saxena, que dirige o departamento de saúde
mental da OMS.
A depressão é uma doença mental comum caracterizada pela tristeza
persistente, perda de interesse e falta de capacidade para atividades
cotidianas e o trabalho, e afeta cerca de 322 milhões de pessoas em todo
o mundo.
Ela ainda aumenta o risco de várias doenças e transtornos graves, como
vício, comportamento suicida, diabetes e doenças cardíacas, que em si
mesmas são algumas das maiores causas de mortalidade.
A OMS expressou o temor de que em muitos países exista pouco ou nenhum
apoio para pessoas com distúrbios mentais, e disse que só cerca de
metade das pessoas com depressão recebem tratamento em nações mais
ricas.
Em média, só 3% dos orçamentos de saúde dos governos são investidos na
saúde mental, variando de 1% em países pobres a 5% nos ricos, de acordo
com a OMS.
"Uma compreensão melhor da depressão e de como ela pode ser tratada... é
só o começo", disse Saxena. "O que precisa vir a seguir é um reforço
contínuo nos serviços de saúde mental acessíveis a todos, até as
populações mais remotas".
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