By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá – Imagem: Divulgação
Para tentar solucionar dois problemas, o da falta de caminhoneiros,
e o de jovens de baixa renda desempregados, interessados em trabalhar
com transporte de cargas não precisarão pagar pela primeira Carteira
Nacional de Habilitação (CNH). A iniciativa é do Serviço Social do
Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem (Sest/Senat) de Ponta
Grossa.
O pré-cadastro deve ser feito no site
do Sest/Senat. Podem se inscrever pessoas com idade entre 18 e 25 anos, e
que saibam ler e escrever. O jovem também deve comprovar que tem renda
familiar de até três salários mínimos. Em seguida, é necessário fazer os
cursos de formação inicial oferecidos pela instituição. Por fim, o
interessado precisa assinar um termo se comprometendo a continuar
atuando no setor de transportes. Caso o jovem desista de trabalhar no
ramo, ele é obrigado a devolver o valor pago pela habilitação.
O
projeto arca com todos os custos da emissão da CNH, categoria B. Em
seguida, a instituição disponibiliza cursos de formação específica para
motoristas de caminhão e de ônibus, e ainda viabiliza a mudança de
categoria da CNH de B para D e/ou E.
Para o
diretor do Sest/Senat de Ponta Grossa, Francisco Valério Junior, o
projeto pode ajudar a resolver o problema a médio prazo. “A nossa
intenção é suprir o déficit de profissionais no mercado de trabalho do
ramo de transporte. A carência de mão-de-obra qualificada na área tem
prejudicado também outros setores importantes da economia”, diz.
Iniciativa atrasada
O
diretor administrativo do Sindicato das Empresas de Carga de Ponta
Grossa (Sindiponta), Amauri Manosso, reconhece a importância do projeto,
mas acredita que a iniciativa está atrasada e deveria ter sido tomada
há cinco ou seis anos. “Nós já sofremos com o déficit de motoristas. Os
jovens que participarem do projeto só estarão prontos daqui a três anos,
no mínimo. E ainda não vão ter nem experiência”, declara.
Segundo
Manosso, é praticamente impossível que empresas, por exemplo, contratem
motoristas inexperientes para dirigirem caminhões que custaram caro.
“Ainda mais se as viagens forem longas e por trajetos complicados. Sem
experiência não dá”, explica. O proprietário de uma transportadora de
Ponta Grossa, Maurício Bevervanço, afirma que, embora a média de idade
dos motoristas tenha diminuído, a empresa opta por não contratar
motoristas sem prática.
Hoje, segundo Manosso, o
Brasil tem um déficit de aproximadamente 100 mil motoristas de
caminhão. Embora não existam dados sobre a situação em Ponta Grossa, ele
conta que as transportadoras da cidade têm deixado, inclusive, de
comprar caminhões por causa da falta de motoristas.
O
diretor do Sindiponta acredita ainda que a produção maior de caminhões,
a falta de interesse dos jovens em seguir a carreira de caminhoneiro, o
estresse e o perigo da profissão são os principais motivos da falta de
motoristas. “Se houvesse 100 caminhoneiros procurando emprego hoje, em
Ponta Grossa, todos teriam emprego garantido”, acredita.
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