By: INTERVALO DA NOTICIAS
Brasileiro pede a noiva em casamento após ouro e é o destaque do dia em Londres
Yohansson Nascimento chamou a atenção do Estádio Olímpico de Londres
neste domingo. Primeiro, por conquistar a medalha de ouro nos 200 m da
classe T46 com direito a recorde mundial. Mas ele queria mais. Pouco
depois de cruzar a linha de chegada, arrancou o número de inscrição de
sua camiseta e virou. No pedaço de papel, um recado. Ou melhor, um
pedido. "Thalita, quer casar comigo?". Foi dessa forma que o velocista, agora
campeão paraolímpico, pediu a noiva em casamento. A resposta, depois de
tanta repercussão, foi um 'sim'. Pelos feitos, Yohansson tornou-se o
destaque do quarto dia de competições em Londres. Neste domingo, o Brasil conquistou mais quatro medalhas, sendo três de
ouro e uma de prata, todas no atletismo. A natação, outra grande 'fonte'
de medalhas para o país, passou em branco pela primeira vez em
Londres. Outro que se destacou foi Alan Fonteles. Depois de um início ruim nos
200 m rasos T44, ele 'voou', fez uma corrida perfeita de recuperação e
conseguiu faturar a medalha de ouro, superando ninguém menos que o astro
Oscar Pistorius. Os dois eram apontados como os principais favoritos à medalha, mas o
sul-africano levava vantagem na busca pelo ouro. No fim, deu Alan. Deu
Brasil. Confira abaixo os destaques brazucas na competição neste domingo.
Alan Fonteles supera Oscar Pistorius e conquista o ouro nos 200 m rasos na classe T44
O brasileiro Alan Fonteles conquistou neste domingo a medalha de ouro
nos 200 m rasos na classe T44 dos Jogos Paraolímpicos. Ele completou a
prova em 21s45 e deixou para trás ninguém menos que o sul-africano Oscar
Pistorius, uma lenda do atletismo. Para chegar ao lugar mais alto do pódio, Alan mais uma vez teve de
fazer uma corrida de recuperação. Ele não conseguiu fazer uma boa
largada e começou a se recuperar depois dos 100 m, quando ainda ocupava o
terceiro lugar. Ele ultrapassou Arnu Fourie (AFS), que vinha em
segundo, e seguiu em disparada na perseguição a Pistorius. Apenas nos metros finais o brasileiro, enfim, deixou o sul-africano
para trás, e assim que cruzou a linha de chegada comemorou a medalha de
ouro. Pistorius, em segundo, completou em 21s52. O terceiro lugar foi o
americano Blake Leeper.
Em pódio 'quase' brasileiro, Terezinha Guilhermina confirma favoritismo e é bi nos 200 m T11
A brasileira Terezinha Guilhermina entrou na final dos 200 m T11 nos
Jogos Paraolímpicos com amplo favoritismo e não decepcionou. Um dia
depois de quebrar o recorde paraolímpico da prova, a mineira voltou a
superar a própria marca, repetiu o ouro de Pequim-08 e selou um pódio
todo brasileiro em Londres. Terezinha terá a companhia de Jerusa Santos, que ficou a prata ao
correr em 26s32. Jhulia Santos, que havia herdado a medalha de bronze
após desclassificação da chinesa Juntingxian Jia, perdeu a medalha após a
organização voltar atrás e validar o bronze da asiática.
Com seu guia Guilherme Soares de Santana, Terezinha havia marcado os
melhores tempos nas eliminatórias e na semifinal, sendo a única a correr
abaixo dos 26s. Na final, a recordista mundial fez 24s82 e superou o
próprio recorde paraolímpico em 7 centésimos. Inicialmente, a chinesa havia ficado na terceira posição, um centésimo
atrás de Jerusa. Porém, nos metros finais da disputa, seu guia a soltou –
o que é permitido – mas os árbitros consideraram que ele deu um
empurrão em sua atleta e a desclassificaram. Com isso, Jhulia, que fez
seu recorde pessoal com 26s65, ficou com o bronze. Terezinha nasceu com retinose pigmentar, doença congênita que provoca a
perda gradual da visão. Nas Paraolimpíadas de Pequim, a atleta havia
conquistado um ouro – justamente nos 200 m –, uma prata e um bronze,
além de ter um bronze de Atenas-04. Nos Jogos Parapan-americanos de
Guadalajara, em 2011, dominou os 100 m, 200 m e 400 m, com três ouros.
Terceiro dia em Londres tem dois ouros para o Brasil; judoca de 41 anos leva sua 5ª medalha
Assim como nos dois primeiros dias dos Jogos Paraolímpicos de Londres, a
natação seguiu como carro-chefe do Brasil. Neste sábado, Daniel Dias e
André Brasil, dois dos principais nomes do país na competição, voltaram a
subir no lugar mais alto do pódio ao vencerem os 100 m borboleta e os
200 m livre, respectivamente, em suas classes. Um outro grande destaque brasileiro no dia, porém, pode ter feito sua
última participação em Paraolimpíadas. Se o adeus de fato se confirmar,
foi em grande estilo.
Em sua quinta participação em Jogos, o judoca Antonio Tenório, dono de
quatro ouros até então, ficou fora da final pela primeira vez. Não se
abateu, foi à disputa do bronze e com um ippon garantiu mais uma medalha
para o Brasil.
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