By: INTERVALO DA NOTICIAS
O que era fila virou passado. O que
era crise eterna virou comemoração para sempre. Aquele que era criticado e
menosprezado se tornou campeão da Copa do Brasil de 2012. O Palmeiras superou
todas dificuldades que apareceram no caminho e, após o empate por 1 a 1 com o Coritiba nesta
quarta-feira, foi bicampeão, já que tinha conquistado a competição em 1998. O
gigante despertou, está comemorando e não tem hora para dormir. A festa
palmeirense está decretada, para alívio de quem sofreu por 13 anos sem um
título de expressão. A ressurreição de um
Palmeiras imponente aconteceu graças a um herói improvável: Betinho, o
desconhecido substituto de Barcos, marcou o gol do empate nesta quarta. Era o
que bastava para o Palmeiras, que tinha vencido a primeira final por 2 a 0. Dessa forma, o time de
Felipão manteve sua invencibilidade na competição nacional e se classificou
para a próxima edição da Copa Libertadores. Com uma defesa pela qual poucos
passaram e atacantes realmente raçudos, o Palmeiras mostrou que de fato é
campeão. Assim como na primeira final, o Coritiba adiantou a marcação e
tentou pressionar o Palmeiras no começo de jogo. Tentou justificar o
"inferno" criado pela torcida paranaense. Mas o time de Felipão
apostou em chutões, acertou contra-ataques, cresceu na partida e criou chances.
Porém, visivelmente nervosos e ainda atrapalhados pelo gramado encharcado, os
dois times erraram lances simples e mantiveram o 0 a 0 até o final do primeiro
tempo. O segundo tempo começou com uma pressão absurda do Coritiba, que
fez o Palmeiras provar do próprio veneno: Ayrton cobrou falta com perfeição e
abriu o placar. Porém, logo depois, Betinho aproveitou cruzamento de Marcos
Assunção, desviou para o gol e fez o Palmeiras sair do inferno para o paraíso em
apenas quatro minutos. O Coritiba passou a precisar de três gols, mas pouco
assustou o goleiro Bruno e ainda viu o Palmeiras fazer a festa em sua casa.
Inferno inicial
O Coritiba entrou em campo sob a
prometida festa tecnológica da torcida, o "Green Hell". E o começo de
jogo foi realmente um inferno, mas para o Palmeiras: a posse de bola ficou
muito mais tempo com o time mandante, que adiantou a marcação, assim como tinha
feito na primeira partida da final. Essa estratégia mais uma vez atrapalhou a
já deficiente saída de bola palmeirense. No
entanto, com o campo encharcado, o futebol do Coritiba foi atrapalhado e não
foram criadas chances de gol. E a melhor oportunidade veio do outro lado, aos
12min, no primeiro ataque bem pensando do Palmeiras. Na ponta esquerda, Mazinho
rolou para Juninho, que chutou por cima do gol, assustando o goleiro Vanderlei.
E dessa forma, com raros ataques e muitos chutões, o Palmeiras superou os
primeiros 15min de pressão.
Aos 19min, uma nova chance
palmeirense foi criada, e dessa vez no melhor estilo do time: após cobrança de
falta de Marcos Assunção, Betinho ficou sozinho na área, mas chutou para fora.
A resposta do Coritiba demorou para acontecer, mas foi melhor ainda: após
vacilo de Thiago Heleno, Everton Costa rolou para Everton Ribeiro, que chutou
de três dedos e viu a bola passar raspando a trave.
Com a postura assumida de priorizar
a defesa, o Palmeiras contra-atacou sempre com poucos jogadores e por isso não
levou mais. Pelo menos o Coritiba foi bem anulado, por estar sempre em
desvantagem numérica no ataque. Mesmo com a substituição forçada do lesionado
Thiago Heleno por Leandro Amaro, o Palmeiras segurou o empate até o fim do
primeiro tempo e superou o inferno incial proposto pelo Coritiba.
Retranca
infernal e gols
O começo do segundo tempo seguiu no mesmo tom do primeiro: o Coritiba dominou a posse de bola, mas sofreu para criar chances de gol e superar a retranca palmeirense. Sem conseguir atacar, Felipão resolveu trocar Luan por Daniel Carvalho, que teve má atuação substituindo o suspenso Valdivia. Em resposta, Marcelo Oliveira colocou o meia Lincoln no lugar do volante Sergio Manoel.
O começo do segundo tempo seguiu no mesmo tom do primeiro: o Coritiba dominou a posse de bola, mas sofreu para criar chances de gol e superar a retranca palmeirense. Sem conseguir atacar, Felipão resolveu trocar Luan por Daniel Carvalho, que teve má atuação substituindo o suspenso Valdivia. Em resposta, Marcelo Oliveira colocou o meia Lincoln no lugar do volante Sergio Manoel.
Não demorou para o tempo mostrar que
o Coritiba teve a substituição mais acertada: Lincoln sofreu falta na esquerda,
e o lateral Ayrton, que tinha entrado no intervalo, cobrou com perfeição. Bruno
até pulou e se esticou, mas a bola foi para o fundo do gol. Porém, apenas
quatro minutos depois, Marcos Assunção cobrou falta desviada de leve por
Betinho, que deixou tudo igual novamente.
Precisando de três gols, o Coritiba
ainda viu Marcos Assunção acertar uma cobrança de falta na trave, aos 28min.
Uma grande chance só foi criada pelo time paranaense aos 32min, mas Bruno
defendeu o perigoso chute de Anderson Aquino, outro que saiu do banco de reservas
durante o segundo tempo. A posse de bola ficou quase sempre com os donos da
casa, mas Pereira ainda foi expulso e o título da Copa do Brasil ficou mesmo
com o Palmeiras.
Ficha
técnica
CORITIBA
1 x 1 PALMEIRAS
Gols
CORITIBA:
Ayrton, aos 16min do 2º tempo
CORITIBA:
Ayrton, aos 16min do 2º tempo
PALMEIRAS:
Betinho, aos 20min do 2º tempo
Betinho, aos 20min do 2º tempo
CORITIBA:
Vanderlei; Jonas (Ayrton),
Emerson, Demerson e Lucas Mendes; Willian e Sérgio Manoel (Lincoln); Rafinha,
Éverton Ribeiro e Éverton Costa; Roberto (Anderson Aquino)
Treinador:
Treinador:
Marcelo Oliveira
PALMEIRAS:
Bruno; Artur, Mauricio Ramos,
Thiago Heleno (Leandro Amaro) e Juninho; Henrique, Marcos Assunção, João Vitor
(Marcio Araújo) e Daniel Carvalho (Luan); Mazinho e Betinho
Treinador:
Treinador:
Luiz Felipe Scolari
Cartões
amarelos
CORITIBA: Lincoln e Rafinha
PALMEIRAS: Artur, Henrique, Juninho e Marcos Assunção
CORITIBA: Lincoln e Rafinha
PALMEIRAS: Artur, Henrique, Juninho e Marcos Assunção
Cartão
vermelho
CORITIBA: Pereira
CORITIBA: Pereira
Árbitro
Sandro Meira Ricci
Sandro Meira Ricci
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