Representantes do setor supermercadista defenderam nesta segunda-feira (12) o contrato de trabalho por hora
como solução para a dificuldade de admissão de funcionários. O tema foi
abordado durante a abertura do festival Apas Show, feira de alimentos e
bebidas, que será realizado até a próxima quinta-feira (15), em São
Paulo.
Um dos que se pronunciaram acerca do assunto foi o presidente da
Associação Paulista de Supermercados, Erlon Ortega. Segundo ele, há,
atualmente, no estado, 35 mil postos abertos. Ele afirmou ainda que os empregadores têm encontrado dificuldade para preenchê-los, já que os trabalhadores têm demandado outros regimes de trabalho.
"O jovem não quer mais o modelo antigo de trabalho, ele quer mais
flexibilidade, mais liberdade. Por isso, precisamos discutir
urgentemente, com a Abras [Associação Brasileira de Supermercado], o
modelo horista, em que pode trabalhar por hora, a qualquer momento. E,
mais, precisamos conectar as nossas vagas aos programas sociais. O
supermercado é a porta de entrada do trabalho formal", disse.
Continua depois da publicidade
Ortega ressaltou, ainda, que o setor deveria ser classificado como
serviço essencial, "pois, na prática, somos essenciais para o
abastecimento desse país, e mostramos isso, principalmente, na
pandemia".
A modalidade de contrato intermitente foi inserida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela reforma trabalhista de 2017. Entidades
que representam frentistas, operadores de telemarketing e dos
trabalhadores da indústria contestaram no Supremo Tribunal Federal o
novo regime. Para essas entidades, o contrato por hora favorece a precarização da relação de emprego e o pagamento de remunerações abaixo do salário mínimo, além de impedir a organização coletiva dos trabalhadores. Em 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a constitucionalidade do contrato de trabalho intermitente.
Para o presidente da Abras, João Galassi, o pagamento da jornada por hora traz mais liberdade de escolha ao trabalhador.
"O que é melhor? Seis por um,
quatro por três, cinco por dois? Nenhuma dessas alternativas. O que é
melhor para os nossos colaboradores é a liberdade de poder escolher sua
jornada de trabalho. Isso só será possível se tiver a liberdade de ser
contratado por hora", opinou.
Galassi disse ainda que o setor também se beneficia com o modelo, além de afirmar que, mesmo os funcionários que optassem por esse regime, continuariam tendo carteira assinada e a possibilidade de remuneração maior.
"Cada semana é uma semana. Ela tem que ter o direito de trabalhar
quantas horas ela desejar, tem que ter o direito de garantir sua ambição
pessoal, a sua vontade de ou ganhar mais ou ganhar menos, de escolher",
finalizou, comparando com flexibilidade dos motoristas de aplicativos
de transporte.
Uma pesquisa de 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2024, apontou a precarização das condições de trabalho de motoristas de aplicativo.
Segundo o estudo, essas condições pioraram significativamente na última
década, com jornadas mais longas, queda na contribuição previdenciária e
de renda. O rendimento médio desses trabalhadores caiu de R$ 3,1 mil,
entre 2012 e 2015, para R$ 2,4 mil em 2022. Na esfera de transporte de
passageiros, o total de motoristas autônomos, excluídos os mototaxistas,
passou de 400 mil para 1 milhão.
Continua depois da publicidade
Já no que concerne às jornadas,
verificou-se que as que tinham duração de 49 a 60 horas semanais
equivaliam pouco mais do que um quinto, 21,8%, em 2012, e passaram a
representar quase um terço em 2022, 27,3%.
Conforme a reforma trabalhista, o trabalhador intermitente recebe por horas ou dias trabalhados, e tem direito a férias, FGTS e décimo terceiro salário de forma proporcional ao período trabalhado. No contrato, deve ser definido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função.
O empregado deve ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outras empresas.Varejo
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou hoje (12), ao participar
da Apas Show, que a estimativa é de que o comércio varejista movimente R$ 16 bilhões este ano.
"No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu
forte, 3,4%, e os supermercados [se expandiram] 6,5%. Um setor campeão
de empregos e renda", destacou durante a jornalistas na Expo Center
Norte.
Alckmin disse, ainda, que a reforma tributária proporciona "justiça
tributária" e que, ao lado de ferramentas oferecidas por entidades como o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mesmo as
empresas de menor porte terão mais condições de melhorar seus negócios.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP.
GRUPO 2 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 1 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 4 - CLIQUE AQUI.
GRUPO - CLIQUE AQUI.
GRUPO 3 : CLIQUE AQUI.
GRUPO 5: CLIQUE AQUI.
GRUPO 6: CLIQUE AQUI.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.