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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BRASIL 247 – Imagem: DivulgaçãoDois brasileiros, Luckas Viana dos Santos e Phelipe Ferreira, que foram
vítimas de tráfico humano na região fronteiriça entre Mianmar e
Tailândia, conseguiram escapar e foram resgatados após mais de três
meses em cativeiro. O resgate foi realizado com o auxílio de uma
organização não governamental internacional especializada em combater o
tráfico de pessoas, de acordo com o portal Terra.
Os dois jovens foram atraídos por falsas ofertas de emprego na Tailândia
e acabaram capturados por redes criminosas que operam na região. O caso
de Luckas, de 31 anos, havia sido denunciado no fim de 2024, após ele
desaparecer ao ser aliciado para uma vaga em Mae Sot, cidade tailandesa
na fronteira com Mianmar. Pouco depois, Phelipe Ferreira, que já havia
trabalhado em cassinos no Sudeste Asiático, também caiu no mesmo
esquema.
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Phelipe, que retornou ao
Brasil em agosto de 2024, foi atraído por uma proposta de emprego em um
call center em Bangcoc, com salário prometido de US$ 2 mil, mais
comissões e benefícios. As passagens foram pagas pela suposta empresa, e
ele embarcou no fim de novembro. Após se hospedar em um hotel na
capital tailandesa, Phelipe relatou a um amigo que aguardava o motorista
da empresa para levá-lo ao local de trabalho.
"Ele já tinha
experiência fora do país e viu na proposta uma oportunidade. Mas, após
cerca de duas horas no carro, percebeu que algo estava errado e
desapareceu", contou Antônio Ferreira, pai de Phelipe.
A última localização do celular de Phelipe indicava que ele estava
próximo a uma área de mata em Mianmar, onde grupos criminosos costumam
manter vítimas de tráfico humano em condições precárias, forçando-as a
trabalhar em esquemas ilegais, como fraudes online e cassinos
clandestinos.
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A experiência de Phelipe
ecoa a de Luckas, que também havia trabalhado em cassinos no Sudeste
Asiático antes de ser aliciado para uma vaga em Mae Sot. Ele relatou à
família que o trajeto envolveu trocas de veículos e até viagens de
barco, até que desapareceu.
"Ele entrou no carro e ficamos
conversando, mas algo parecia estranho. Depois, ele começou a desligar e
não conseguimos mais contato", disse Cleide, mãe de Luckas.
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