O Projeto Floresta de Sabores e Saberes, criado com o objetivo de
fortalecer a agricultura familiar e agroecológica na região Centro Sul
do Paraná, foi apresentado ao diretor de Coordenação da Itaipu
Binacional, Carlos Carboni, a lideranças políticas regionais,
representantes de instituições de ensino e dirigentes de cooperativas e
associações na última segunda-feira (24). A explanação aconteceu no
auditório da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), em União da
Vitória, e reuniu participantes da maioria dos 22 municípios que o
projetor abrangerá.
Já protocolado junto à Itaipu Binacional para captação de
financiamento, o Projeto Floresta de Sabores e Saberes quer trabalhar a
preservação ambiental e o incremento de renda para os agricultores
familiares através da produção de alimentos orgânicos.
Continua depois da publicidade
As principais metas são: desenvolver sistemas agroflorestais com
erva-mate, quintais agroflorestais, fazer a recuperação ecológica de
solos, promover a infraestrutura e mecanização para associações e
cooperativas, auxiliar na adequação ambiental, além de atividades
coletivas como cursos e intercâmbios, e certificação orgânica de 400
propriedades.
O projeto também busca atender a uma demanda que prevê o fornecimento
de 100% da merenda escolar do Paraná em alimentos orgânicos até 2030,
conforme previsto por lei estadual.
Investimento no projeto
De acordo com o deputado federal Tadeu Veneri, o valor solicitado à
Itaipu para o projeto é de R$ 80 milhões que, segundo ele, não precisa
necessariamente ser financiado de forma integral pela usina. “Nós temos
em torno de oitenta milhões de reais que foi solicitado. E se não é
possível todo esse valor, possivelmente uma parte venha do governo
federal, uma parte possamos buscar junto a outros órgãos, uma parte da
Itaipu. O importante é que nós possamos dar um direcionamento a um
projeto de integração de produção de alimentos”, descreveu o deputado.
Continua depois da publicidade
O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, explicou que
projetos como esse, precisam seguir os objetivos previstos pela
binacional. “Todos os projetos são avaliados pela diretoria de
coordenação, temos uma equipe técnica que faz isso, eles fizeram o
protocolo faz poucos dias, assim que chegar na diretoria, nós vamos ver
se o projeto está dentro dos objetivos e mais do que isso, no interesse
da Itaipu”, explicou.
Segundo ele, pela exposição realizada, o Projeto Floresta de Sabores e
Saberes tem afinidade com os objetivos socioambientais da Itaipu. “Nós
temos quatro grandes eixos: o primeiro é o de preservação de água e
solos, o segundo eficiência energética, o terceiro que é o cuidado com
os resíduos sólidos, que é o lixo, e o quarto as ações comunitárias
socioambientais. Os costumes estão diretamente nas ações que nós
apresentamos e têm tudo a ver com o que foi apresentado enquanto
projeto”, disse Carboni.
No entanto, como demanda um valor alto em investimentos, o diretor de
Coordenação da Itaipu explicou que provavelmente será preciso buscar
mais parcerias para financiar a iniciativa. “O projeto tem uma amplitude
boa em termos de população, talvez nós precisamos discutir quem podem
ser os demais parceiros que possam estar juntos. A Itaipu pode ser
parceira de um montante considerável desse valor, mas é claro,
precisamos passar pela equipe que faz essa avaliação”, destacou. “Quando
nós vemos esses projetos, tem tudo a ver com o nosso propósito, com a
nossa disposição, mas nós gostaríamos de estabelecer algumas parcerias
com os municípios, Governo do Estado e outros órgãos federais que possam
estar junto”, complementou.
Continua depois da publicidade
Carboni sugeriu um consórcio entre os municípios para a busca por
investimentos. “Se pensarmos em consórcio entre municípios facilita no
ponto de vista do investimento, também na conta para depois entregar os
serviços e as obras importantes, dentro deste olhar deste
desenvolvimento sustentável dessa região”, disse.
Aumento da produção de alimentos
Segundo o deputado federal Tadeu Veneri , o Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA), do Governo Federal, que tem como objetivo promover o
acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar, investiu neste
ano 200 milhões de reais e pretende investir mais um bilhão no próximo
ano, recurso que não é aproveitado integralmente pelos produtores rurais
dos estados da região Sul do Brasil.
“É uma contradição dada à vocação agrícola do estado. No Paraná, em
Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, dos valores que eram liberados
para estes três estados, nós só pudemos contratar 10% desse valor,
porque não há alimentos disponíveis, ou seja, esses estados não estão
produzindo alimentos que possam chegar à mesa das pessoas. Claro que a
gente tem uma grande produção de commodities, seja do milho, da soja, da
própria celulose, mas o arroz, o açúcar, o feijão, a batata, a
mandioca, a abóbora, estes produtos e mais ainda as frutas, nós não
estamos conseguindo produzir em quantidade suficiente”, afirmou o
deputado.
Continua depois da publicidade
Com o projeto em andamento, o deputado acredita que até mesmo o êxodo
rural poderá diminuir na região. “O projeto é que você possa além de
produzir alimentos, você tenha condições para que principalmente a
juventude possa ficar no campo por que hoje o jovem pode ficar no campo,
mas desde que tenha renda”, acrescentou.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP.
GRUPO 2 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 1 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 4 - CLIQUE AQUI.
GRUPO - CLIQUE AQUI.
GRUPO 3 : CLIQUE AQUI.
GRUPO 5: CLIQUE AQUI.
GRUPO 6: CLIQUE AQUI.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.