Corpo de menina com câncer que mobilizou campanha para terapia de R$ 8 milhões na Espanha é enterrado no Brasil

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: G1 – Imagem: Divulgação

O corpo da adolescente Fernanda Manzutti, de 12 anos, que mobilizou uma campanha para custear uma terapia de R$ 8 milhões contra a leucemia na Espanha, foi enterrado neste domingo (27), em Jundiaí (SP).

Fernandinha lutava contra um tipo de câncer agressivo havia dois anos. Em maio do ano passado, a família dela deu início a uma campanha para arrecadar o dinheiro necessário para custear a terapia Car-T Cell, que não é aplicada no Brasil. 

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A assessoria da família da menina divulgou uma nota de pesar após a confirmação da morte dela, no sábado (26). 

"Arrecadamos valores suficientes para sua jornada de cura. Incansável, ela enfrentou toda dor, todos os procedimentos, muitas horas de quimioterapia, radioterapia, remédios experimentais."

O corpo da menina foi enterrado às 15h, no cemitério Memorial Parque da Paz, em Jundiaí.

Campanha viralizada

A campanha "Salve a Fernandinha" viralizou nas redes sociais após receber apoio de famosos como Kaká, Zezé Di Camargo, Fábio Júnior, o técnico de vôlei Bernardinho e as atrizes Deborah Secco e Carolina Dieckmann.

Segundo a família de Fernanda, a doença atingiu o sistema imunológico e a medula óssea da criança. Desde que foi diagnosticada, a garota vivia uma rotina de idas e vindas do hospital.

A família montou uma vaquinha online e também criou um perfil no Instagram para informar os apoiadores sobre a situação de Fernanda. 

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Tratamento

Com o dinheiro arrecadado, a adolescente embarcou à Espanha no dia 3 de agosto de 2021 para iniciar o tratamento Car-T Cell contra a Leucemia Linfóide Aguda (LLA).

Em dezembro, já de volta ao Brasil, Fernandinha passou por um transplante de medula óssea, mas acabou ficando mais frágil devido ao procedimento. Ela ficou internada no Hospital 9 de Julho durante 75 dias.

"Ela foi para a Espanha, fez o Car-T Cell, voltou para o Brasil, uniu as equipes médicas internacionais e brasileiras no seu tratamento, quase zerou a doença para que o transplante fosse possível. E a 'Fer' estava lá firme em seu propósito de viver todos os dias mais um dia. A medula pegou, mas seu corpo, já exausto, não suportou", diz a nota divulgada pela família após a morte da menina. 

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