By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: Divulgação
A campanha foi batizada de Xô Mosquito. Coordenada pela Associação dos Biólogos do Distrito Federal (Assbio-DF) e sem apoio de dinheiro público, todo o trabalho é feito com o intuito de localizar focos do mosquito da dengue antes que ele comece a proliferação. “O monitoramento é um processo básico que não tem sido feito”, afirma o presidente Leonardo Pepino.
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São 80 armadilhas de baixo custo para o Aedes aegypti
espalhadas pela cidade. Com garrafas PET reutilizadas e papel adesivo,
as arapucas são pequenas e colocadas em locais quase imperceptíveis, com
200 metros de distância uma da outra. “A gente utiliza ainda mais dois
produtos: levedo e a bactéria Bacillus Thuringiensis Israelensis
(BTI), com a ajuda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia). Enquanto o primeiro serve
para, em contato com água, exalar um odor que atrai o mosquito, o
segundo evita que as larvas se desenvolvam”, explica Leonardo.Ao todo, em 2020, 15.245 ovos foram retirados de circulação com o monitoramento, que não tem como fim matar o mosquito. “Nós fazemos o mapeamento de onde está acontecendo a maior incidência de ovos. A contagem das armadilhas ajuda a sabermos os locais críticos, mas, indiretamente, estamos fazendo o controle também”, comenta o presidente.
O trabalho fez com que o número de casos de dengue caísse de 113 nos dois primeiros meses de 2019 para 27 em 2020, o sexto menor registro entre as RAs. Com taxa de 73,43 casos a cada 100 mil habitantes, a cidade também se posiciona em sexto entre as 31 cidades relacionadas no informativo divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
O processo conta com a ajuda de 20 voluntários ativos da Estrutural, que trocam semanalmente os papéis adesivos e enviam fotos da quantidade de ovos coletados. “Os participantes são instruídos, ganham um kit com tudo o que é necessário e eles próprios trocam tudo. Por meio de um aplicativo no celular fazem a leitura do QR Code da armadilha, mandam a foto e trocam o que for preciso”, diz Leonardo Pepino.
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Toda a estrutura é montada de uma maneira que os voluntários compitam
entre si, a chamada gamificação. “As pessoas vão ganhando pontos e, em
cada mês, quem mais contribuir com a iniciativa, ganha uma cesta básica.
Por semestre, daremos um celular”, conta.Entre as competidoras, está a estudante Letícia Pereira, 13 anos. Familiarizada com o projeto desde 2018, quando o Xô Mosquito passou nas escolas da Estrutural, ela foi uma das campeãs do colégio em que estuda. “Ganhei um celular e os professores viajaram para o Nordeste, mas, neste ano, não conseguimos ganhar nada ainda”, comenta. Ela diz que todo final de semana passa por seis armadilhas para realizar a checagem.
Outro participante é o estudante Vitor Emanuel Ferreira, 16. Em busca do celular como premiação, ele diz ter memorizado onde as armadilhas ficam e sabe exatamente o que fazer. “Eu só olho o mapa para saber se elas foram feitas ou não, pois já sei de cor”, brinca.
A bióloga Mayara Holanda participa do monitoramento como voluntária da Assbio-DF. Responsável por verificar se todas as armadilhas estão em bom estado, ela diz que tudo tem corrido muito bem. “O resultado é bem positivo. As crianças são bem responsáveis”, pontua.
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