quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Dos 26 médicos que atendem nas unidades de Guarapuava, 16 são cubanos


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO CULTURA Imagem: Divulgação

Dos 26 médicos que atendem em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guarapuava 16 são profissionais cubanos, contratados pelo Programa Mais Médicos. Com a saída unilateral de Cuba do programa, anunciada ontem (14), a cidade pode perder 60% de seus profissionais. A Prefeitura de Guarapuava disse que ainda não foi notificada oficialmente e o atendimento segue normal.
Atualmente são 35 UBS em Guarapuava e 26 profissionais que atendem nessas unidades. Algumas já estão sem médico. A prefeitura informou via assessoria que não sabe quais impactos a possível saída dos cubanos do Mais Médicos podem gerar. O secretário de Saúde de Guarapuava, Celso Góes, confirmou que concederia uma entrevista sobre o assunto, na manhã de hoje (15), mas não atendeu as ligações.
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No último dia 8 de novembro Celso Goés comentou em entrevista à Rádio Cultura sobre a possibilidade do fim do Programa, cogitada em diversas ocasiões pelo presidente eleito do Brasil Jair Bolsonaro.
“Esperamos que o novo governo não acabe com o programa Mais Médicos, porque é um programa que ajuda muito, principalmente os municípios menores, a terem médicos no s seus quadros para atenderem a população”, disse Celso.
O que foi anunciado ontem (14) não foi o fim do programa, mas a saída de Cuba da parceria. Hoje os cubanos representam 8 mil dos 18 médicos do programa.
Na mesma entrevista Celso confirmou os números de médicos que estão atendendo na cidade e reconheceu que há déficit de profissionais.
Falta de médicos
A falta de médicos nas UBS de Guarapuava é um problema antigo. A Prefeitura alega dificuldades para contratar profissionais e tenta criar gratificações para atrair médicos interessados em trabalhar para o município.
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O concurso público anunciado pelo município prevê uma vaga para médico de UBS mais cadastro de reserva.
Outro problema que precisa ser solucionado pela gestão é o limite de gastos com pessoal. Guarapuava tem pouca margem orçamentária e legal para aumentar os gastos com folha de pagamento.
Os salários dos 16 médicos cubanos são pagos pelo Governo Federal. Se considerado somente os salários de R$ 10.500 pagos as médicos do município por 40 horas semanais, sem encargos, a prefeitura deixa de gastar cerca de R$ 170 mil por mês.


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