terça-feira, 3 de abril de 2018

Conselho de Ética anuncia relatores de processos dos deputados Ivan Valente, Jean Wyllys e Érika Kokay


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação


O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Elmar Nascimento (DEM-BA) anunciou nesta terça-feira (3) os relatores dos processos abertos para apurar a conduta dos deputados Ivan Valente (PSOL-SP), Jean Wyllys (PSOL-RJ) e a deputada Érika Kokay (PT-DF).
Para o processo do deputado Ivan Valente, foi nomeado relator o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).
No processo sobre Jean Wyllys, foi escolhido o deputado Julio Delgado (PSB-MG). 
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Delgado foi sorteado nesta terça-feira para compor a lista tríplice, depois do pedido do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) para sair da relação.
Para o processo da deputada Érika Kokay, foi escolhido o deputado Adilton Sachetti (PRB-MT).
As acusações
Os processos foram instaurados na terça-feira passada (27), a partir de representações do PR. Nos três casos, o partido considerou que houve quebra de decoro parlamentar. Por isso, pediu a cassação dos mandatos dos três deputados.
No caso do deputado Ivan Valente, o partido o acusou de calúnia, injúria e difamação. Em discurso em novembro do ano passado, o deputado classificou o governo do presidente Michel Temer de corrupto e insinuou que recursos públicos teriam sido destinados aos deputados para evitar que o presidente respondesse às duas denúncias da Procuradoria Geral da República.
No caso do deputado Jean Wyllys, a acusação é de apologia às drogas. Segundo a representação, o parlamentar teria sido questionado, em entrevista a um canal no YouTube, sobre o que faria caso o mundo tivesse data para acabar. Ele teria respondido que consumiria drogas ilícitas e teria relações sexuais com as pessoas que desejasse.
A representação contra a deputada Érika Kokay acusa a parlamentar de injúria e difamação. Em discurso no plenário da Câmara, em novembro do ano passado, a deputada criticou os parlamentares que apoiaram o presidente Michel Temer, a quem chamou de “criminoso confesso“ e “um dos maiores bandidos desta nação”. 
Procurada, Érika Kokay divulgou nota na qual afirmou ser "completamente descabida" a representação do PR.
À TV Globo, Ivan Valente disse que a representação é "inócua", acrescentando que suas declarações no plenário estão baseadas no direito que ele tem, como parlamentar, de analisar politicamente a conjuntura.
A assessoria de Jean Wyllys avaliou a representação do PR como uma "retaliação da bancada da bala" pelo fato de o PSOL ter apresentado uma outra representação, contra Alberto Fraga (DEM-DF), que divulgou fake news sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros há cerca de duas semanas.
Próximos passos
Com a escolha dos relatores, eles terão 10 dias úteis para elaborar o parecer preliminar, que vai determinar se as investigações devem ou não prosseguir.
Este parecer precisa ser votado pelo Conselho de Ética. Se as investigações continuarem, serão 40 dias úteis para o depoimento de testemunhas e a coleta de provas.
Encerradas as apurações, os relatores apresentam um parecer final, que podem concluir pela absolvição ou punição, com medidas que variam de advertência à perda do mandato.
 
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