By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: DIÁRIO DOS CAMPOS – Imagem: Divulgação
Na tarde de domingo
(9), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do
Ministério Público do Paraná, prendeu um policial civil em Ponta Grossa. Ele
estaria na casa parentes. Ele é acusado de participar de uma quadrilha que
praticaria crimes de roubo e extorsão contra dois colombianos que residem no
Brasil.
O procurador de
Justiça Leonir Batisti, coordenador estadual do Gaeco, explica que a prisão é
resultado da Operação Tayroná, deflagrada no início de julho pelo núcleo de
Curitiba do Gaeco. Segundo ele, contra o policial, que estava foragido, havia
um mandado de prisão temporária. Ele deveria ser transferido para Curitiba,
onde permaneceria em uma galeria para presos policiais na Delegacia de Furtos.
O grupo criminoso
investigado seria constituído pelo investigador de polícia - lotado em Rio
Branco do Sul - um auxiliar de carceragem lotado em Campina Grande do Sul e
dois amigos deles, que não são servidores públicos. "Basicamente eles se
aproveitavam do fato das vítimas serem estrangeiras e as acusavam de receber
dinheiro de forma ilícita, para então receber dinheiro", detalha.
Conforme o
coordenador do Gaeco, as denúncias foram feitas por testemunhas que
presenciaram as cenas e ficaram chocadas com a ação. "Com base nisso, os
colombianos foram chamados para depor e, apesar do medo, confirmaram os
fatos", salienta. Operação
As primeiras ações
Operação Tayroná foram divulgadas pelo Gaeco no início de julho. No dia 3, o
Grupo cumpriu três mandados de prisão temporária - contra o auxiliar de
carceragem e os outros dois envolvidos - e três mandados de busca e apreensão
em Curitiba. Faltava cumprir o quarto mandado - contra o investigador da
Polícia Civil que foi preso em Ponta Grossa.
O Gaeco apurou
que, em junho do ano passado, os quatro integrantes do grupo abordaram, numa
pizzaria em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, um colombiano e
roubaram dele R$ 2,5 mil, ameaçando-o com um revólver. Em outra oportunidade,
em maio de 2016, três integrantes do grupo exigiram de um outro colombiano a
entrega de R$ 5 mil, ameaçando-o de prisão porque ele estaria emprestando
dinheiro a juros – diante da ameaça, o colombiano acabou entregando ao grupo R$
2 mil em duas parcelas.
"O grupo
fazia ameaça de que denunciaria os colombianos por emprestar dinheiro a juro [agiotagem]
mas esta prática não foi confirmada pelas investigações", completa
Batisti.
De acordo com o coordenador do Gaeco, o auxiliar de
carceragem já esteve preso por cinco meses pela conduta de crime semelhante,
mas apesar de ser comissionado foi admitido a trabalhar.
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