By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: G1
Foi enterrado na manhã deste domingo (9), no Cemitério Municipal de Sandovalina,
o corpo de Ariel Lima de Campos, de 23 anos. Ele foi um dos seis homens
suspeitos de roubarem bancos no interior de São Paulo e no Paraná que morreram durante um confronto com agentes da Polícia Federal (PF) em Alvorada do Sul, no norte do Paraná, nesta sexta-feira (7).
Conforme informações, Ariel é primo da prefeita de Sandovalina, Amanda
Lima de Oliveira (DEM), e foi velado na Câmara Municipal. Em uma rede
social na internet, a chefe do Executivo realizou uma postagem em
homenagem ao familiar, em que diz: “Eu sempre fui completamente
apaixonada por vc [sic]”. Dezenas de comentários desejavam sentimentos e
conforto à família.
O G1
tentou contato com a prefeita, por meio de telefone, mas as chamadas
iam direto à caixa postal. A reportagem também tentou contatar a
presidente da Câmara Municipal, Jaqueline Sanfelix (PSDB), mas as
ligações não foram atendidas. Para ambas, foram deixados recados, por
meio de mensagens, mas não foram respondidos.
Confronto
De acordo com a Polícia Federal, o confronto ocorreu por volta das 7h30
de sexta-feira (7), no Rio Paranapanema. Horas antes da ação, os mesmos
criminosos explodiram duas agências bancárias em Cruzália, no interior de São Paulo.
Na fuga, agentes da PF das cidades paranaenses de Maringá e Cascavel,
que já investigavam o grupo, encontraram os suspeitos no rio. Houve
troca de tiros e, conforme a PF, sete criminosos estavam em dois barcos.
Uma das embarcações foi atingida e acabou afundando. Segundo a polícia,
seis assaltantes morreram e um conseguiu escapar.
Os agentes também encontraram fuzis, pistolas e máquina de contar
dinheiro em uma chácara de Alvorada do Sul, no norte do Paraná. No
local, os agentes ainda localizaram explosivos que poderiam destruir mais de 20 agências,
segundo análise preliminar dos peritos. “A informação é de que a
quantidade de explosivos ali daria pra gerar a explosão de até 25
agências bancárias”, afirmou o delegado da PF de Maringá, também na
região norte do Paraná, Alexander Noronha Dias.
Como os explosivos estavam montados, o Esquadrão Antibombas do Batalhão
de Operações Especiais da Polícia Militar de Curitiba (PR) foi chamado.
O local foi encontrado após ação da Polícia Federal, na manhã desta
sexta-feira (7), que terminou com a morte de seis suspeitos. Durante
toda a tarde desta sexta, equipes da PF e da Polícia Militar do Paraná,
além de peritos e bombeiros, vasculharam as margens do Rio Paranapanema,
em Alvorada do Sul. De acordo com a polícia, a quadrilha que estourava
caixas eletrônicos no Paraná e no interior de São Paulo já estava sendo
monitorada.
Segundo Dias, os assaltantes agiam sempre da mesma forma: chegavam de
madrugada em cidades pequenas, com pouco policiamento, e parte da
quadrilha atirava contra o destacamento da PM e outra parte ia para a
agência bancária para realizar o roubo.
Para prender os criminosos, foi montada uma operação. A PF ficou
sabendo que a quadrilha explodiu caixas eletrônicos na cidade de
Cruzália, no interior de São Paulo, e, como de costume, usaria o rio
para fugir. Quatro policias federais passaram a madrugada no local e,
pela manhã, houve o confronto.
O delegado federal explicou que foi possível recuperar dois malotes,
que tinham a identificação das agências bancárias de Cruzália,
confirmando que o grupo foi responsável pelo crime na cidade.
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