By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: TERRA – Imagem: Divulgação
O valor anunciado pela Procuradoria do Espírito Santo é parcial. As
medidas para recuperação da Bacia do Rio Doce deverão levar 10 anos.
Assim, após os quatro anos iniciais, os trabalhos prosseguirão e novos
cálculos serão realizados, demandando mais investimentos da Samarco. A
ação movida pelo governo federal e pelos governos de Minas Gerais e do
Espírito Santo pedia, inicialmente, R$ 20 bilhões.
Os recursos vão financiar cerca de 40 projetos voltados para a
recuperação ambiental e socioeconômica dos municípios atingidos. Além da
revitalização da bacia, o acordo engloba indenização e assistência à
população. Para gerir os trabalhos, será estruturada uma fundação com
sede em Belo Horizonte. Ainda não se sabe como será composta a
fiundação, mas sabe-se que a mineradora não terá representante.
Depósitos
A Samarco terá que desembolsar neste ano R$ 2 bilhões. Em 2017 e em
2018, serão feitos mais dois depósitos, cada um no valor de R$ 1,2
bilhão. Caso a Samarco não honre os compromisos, suas acionistas Vale e
BHP terão de arcar com os pagamentos.
O rompimento da barragem em Mariana causou 19 mortes e trouxe diversas
complicações para a Bacia do Rio Doce e para os cidades que foram
atingidos pela lama em Minas Gerais e no Espírito Santo. Procurada, a
Samarco informou que, no momento, não vai se pronunciar sobre o acordo. O
procurador-geral do Espírito Santo ainda não atendeu ao contato da
reportagem, bem como a Procuradoria-Geral de Minas Gerais e a
Advocacia-Geral da União (AGU).
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