quarta-feira, 14 de maio de 2025

A gigantesca ilha brasileira que passou séculos desconhecida e hoje fascina cientistas

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REVISTA FORUM Imagem: Divulgação
A 1.200 quilômetros da costa sudeste do Brasil, em meio às águas do Oceano Atlântico Sul, cientistas brasileiros descobriram uma ilha de vegetação e solo “tropicais”, aparentemente coberta por vegetação — mas completamente submersa.
Essa ilha, que talvez possa fazer parte da plataforma continental estendida brasileira (área oceânica que excede as 200 milhas náuticas sobre as quais o Brasil tem direitos exclusivos de exploração e uso de recursos marinhos), é chamada de Elevação do Rio Grande (ERG). Ela é formada por um conjunto de cânions montanhosos, com fendas profundas e picos que ultrapassam os 4 mil metros de altura.
Se não estivesse “enterrada” sob um assoalho marinho que pode chegar a cinco mil metros de profundidade, essa elevação oceânica seria uma ilhota brasileira natural, e o Brasil poderia reivindicar uma ZEE de até 200 milhas náuticas ao redor dela, o que aumentaria significativamente a área de exploração exclusiva brasileira no Atlântico Sul. Isso só seria possível, no entanto, caso a região pudesse "sustentar habitação humana ou vida econômica própria", como prevê a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
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De acordo com um estudo liderado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e publicado na revista Nature, a ERG já foi, de fato, essa ilha paradisíaca e acessível no meio do oceano — mas há cerca de 50 milhões de anos, quando nem sequer havia barcos para explorá-la.
Durante o Eoceno — a segunda época do período Paleógeno, na era Cenozoica, entre 56 e 34 milhões de anos atrás —, a ilha estava acima da superfície do mar e era, provavelmente, lar de atividades vulcânicas e de um clima tropical que sustentava florestas exuberantes, cercadas por recifes que a tornavam ainda mais impressionante.
Embora não se saiba exatamente o tamanho da ilha antiga, estima-se que a estrutura geológica da elevação tenha cerca de 500 mil quilômetros quadrados (equivalente ao território da Espanha); e seu "maciço principal", a ERG Ocidental, tem cerca de 150 mil quilômetros quadrados — maior do que o estado do Ceará, informa o Jornal USP.
Com o tempo, no entanto, a constante atividade vulcânica e a ação da erosão fizeram com que grandes tapetes de solo petrificado, formados por argila vermelha, se alojassem entre camadas rochosas de basalto (rocha de origem vulcânica), até que a ilha fosse, pouco a pouco, “afundando” no oceano.
Em 2018, uma expedição liderada por pesquisadores do Instituto Oceanográfico (IO) da USP coletou amostras do solo de argila vermelha formado na ilha submersa, a 650 metros de profundidade.
O que eles não sabiam ainda era que essa amostra, datada em aproximadamente 44 milhões de anos, havia sido coletada diretamente do topo da antiga ilha — como uma expedição posterior, realizada em parceria com o Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido e com a Universidade de Southampton, na Inglaterra, confirmou a partir de imagens em alta resolução captadas por um veículo de operação remota (ROV, na sigla em inglês).
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Com essas imagens, descobriu-se que a ERG era, na verdade, um grande cânion — apelidado de “a Grande Fenda” —, formado por um solo orgânico típico de ambientes tropicais, que “só poderia ter se formado na superfície”.
Foi assim que os pesquisadores entenderam, pela primeira vez, do que se tratava a ERG: uma ilha antiga, hoje completamente submersa pela passagem do tempo.
No estado original do solo da ilha, mostrou a amostra de argila vermelha coletada pelos pesquisadores, a terra é idêntica àquela encontrada “no interior paulista”, relatam. Segundo eles, “a área era uma ilha até pouco tempo atrás” em termos geológicos.
A ERG está separada da plataforma continental brasileira e do Platô de São Paulo (feição oceânica localizada na porção sudeste da margem continental brasileira) por um cânion profundo, o Canal da Verna, com até 50 km de largura e 4.800 metros de profundidade. 

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