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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REVISTA FORUM – Imagem: DivulgaçãoA 1.200 quilômetros da costa sudeste do Brasil, em meio às águas do Oceano Atlântico Sul, cientistas brasileiros descobriram uma ilha de vegetação e solo “tropicais”, aparentemente coberta por vegetação — mas completamente submersa.
Essa ilha, que talvez possa fazer parte da plataforma continental
estendida brasileira (área oceânica que excede as 200 milhas náuticas
sobre as quais o Brasil tem direitos exclusivos de exploração e uso de
recursos marinhos), é chamada de Elevação do Rio Grande
(ERG). Ela é formada por um conjunto de cânions montanhosos, com fendas
profundas e picos que ultrapassam os 4 mil metros de altura.
Se não estivesse “enterrada” sob um assoalho marinho que pode chegar a
cinco mil metros de profundidade, essa elevação oceânica seria uma
ilhota brasileira natural, e o Brasil poderia reivindicar uma ZEE de até
200 milhas náuticas ao redor dela, o que aumentaria significativamente a
área de exploração exclusiva brasileira no Atlântico Sul. Isso só seria
possível, no entanto, caso a região pudesse "sustentar habitação humana
ou vida econômica própria", como prevê a Convenção das Nações Unidas
sobre o Direito do Mar.
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De acordo com um estudo liderado por pesquisadores da USP (Universidade
de São Paulo) e publicado na revista Nature, a ERG já foi, de fato, essa
ilha paradisíaca e acessível no meio do oceano — mas há cerca de 50
milhões de anos, quando nem sequer havia barcos para explorá-la.
Durante o Eoceno — a segunda época do período Paleógeno, na era
Cenozoica, entre 56 e 34 milhões de anos atrás —, a ilha estava acima da
superfície do mar e era, provavelmente, lar de atividades vulcânicas e
de um clima tropical que sustentava florestas exuberantes, cercadas por
recifes que a tornavam ainda mais impressionante.
Embora não se saiba exatamente o tamanho da ilha antiga, estima-se que a estrutura geológica da elevação tenha cerca de 500 mil quilômetros quadrados
(equivalente ao território da Espanha); e seu "maciço principal", a ERG
Ocidental, tem cerca de 150 mil quilômetros quadrados — maior do que o
estado do Ceará, informa o Jornal USP.
Com o tempo, no entanto, a
constante atividade vulcânica e a ação da erosão fizeram com que
grandes tapetes de solo petrificado, formados por argila vermelha, se
alojassem entre camadas rochosas de basalto (rocha de origem vulcânica),
até que a ilha fosse, pouco a pouco, “afundando” no oceano.
Em
2018, uma expedição liderada por pesquisadores do Instituto
Oceanográfico (IO) da USP coletou amostras do solo de argila vermelha
formado na ilha submersa, a 650 metros de profundidade.O que eles não sabiam ainda era que essa amostra, datada em
aproximadamente 44 milhões de anos, havia sido coletada diretamente do
topo da antiga ilha — como uma expedição posterior, realizada em
parceria com o Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido e com a
Universidade de Southampton, na Inglaterra, confirmou a partir de
imagens em alta resolução captadas por um veículo de operação remota
(ROV, na sigla em inglês).
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Com essas imagens, descobriu-se que a
ERG era, na verdade, um grande cânion — apelidado de “a Grande Fenda” —,
formado por um solo orgânico típico de ambientes tropicais, que “só
poderia ter se formado na superfície”.
Foi assim que os pesquisadores entenderam, pela primeira vez, do que se tratava a ERG: uma ilha antiga, hoje completamente submersa pela passagem do tempo.
No
estado original do solo da ilha, mostrou a amostra de argila vermelha
coletada pelos pesquisadores, a terra é idêntica àquela encontrada “no
interior paulista”, relatam. Segundo eles, “a área era uma ilha até pouco tempo atrás” em termos geológicos.
A
ERG está separada da plataforma continental brasileira e do Platô de
São Paulo (feição oceânica localizada na porção sudeste da margem
continental brasileira) por um cânion profundo, o Canal da Verna, com
até 50 km de largura e 4.800 metros de profundidade.
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