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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoO Senado Federal aprovou nesta terça-feira (8) o nome do economista Gabriel Galípolo, escolhido pelo presidente Lula (PT), para presidir o Banco Central.
Galípolo foi aprovado por 66 votos favoráveis e 5 contra. A votação foi
secreta. A aprovação dele em Plenário foi a melhor dos últimos 22 anos.
Antes, o indicado passou por uma sabatina, que durou quatro horas, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O colegiado aprovou a indicação por unanimidade, com 26 votos favoráveis e nenhum contrário
Galípolo vai assumir a cadeira de Roberto Campos Neto, que encerra o
mandato em 31 de dezembro. E terá, a partir de 2025, um mandato de
quatro anos à frente do BC.
O indicado de Lula é o atual diretor de Política Monetária do Banco
Central. Entre 2022 e 2023, ele esteve nas equipes de campanha do então
candidato ao Planalto, de transição de governo e do Ministério da
Fazenda, chefiado por Fernando Haddad.
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Gabriel Galípolo é visto pelos senadores como alguém já conhecido. Em
2023, ele foi sabatinado pela CAE e aprovado pelo Senado para assumir a
diretoria de Política Monetária do Banco Central. Na ocasião, o conjunto
dos parlamentares aprovou o nome, também indicado por Lula, por 39
votos a 12.
O economista Gabriel Galípolo abriu a sabatina assegurando aos
senadores que recebeu a garantia do presidente Lula de que terá
"liberdade na tomada de decisões" na autoridade monetária.
Uma das questões que pairavam em torno de Galípolo desde antes de sua indicação dizia respeito à independência do indicado de Lula no comando do BC, diante de declarações do petista críticas à autonomia da autoridade monetária.
A legislação garante ao Banco Central autonomia em relação ao governo federal,
estabelecendo mandatos aos diretores e aos presidente da instituição,
que não coincidem com o período de mandato do presidente da República,
mesmo que este seja responsável pelas indicações.
Em declaração aos senadores, Galípolo afirmou que Lula foi "enfático" a
respeito de sua autonomia à frente da instituição em todas as
oportunidades nas quais se reuniu com o petista.
Galípolo também disse aos parlamentares que mantém compromisso com o mandato de quatro anos para presidente do BC.
Em outro momento da sabatina, Gabriel Galípolo foi questionado sobre
uma possível interferência do presidente Lula em suas decisões ao longo
do mandato de diretor do BC, como as relacionadas à taxa básica de
juros.
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Na sua fala, ele afirmou que há “numerosos desafios” pela frente,
mencionou, por exemplo, a “consolidação de uma agenda capaz de criar uma
economia mais equânime e transparente”.
Segundo ele, essa agenda envolve o “compromisso permanente do BC” no combate à inflação.
“Para garantir que o atraso não seja fruto do avanço na direção errada.
O Brasil tem a oportunidade histórica de se apresentar como destino
atrativo para o empreendedorismo e a inovação voltada para economia
sustentável, se consolidando como polo e referência global na
erradicação da pobreza e crescimento da produção e produtividade com
redução da emissão de poluentes”, disse.
3. Elogio a Roberto Campos Neto
Durante a sabatina, senadores questionaram Gabriel Galípolo sobre a
relação com o atual presidente do Banco Central e as críticas do
presidente Lula a Roberto Campos Neto.
Em tom descontraído, o economista afirmou que sente ter gerado uma
"frustração" em pessoas que esperavam disputas entre ele e Campos Neto,
depois de sua indicação a uma diretoria da autoridade monetária.
A fala de Galípolo não foi a única sobre Campos Neto na reunião.
Parlamentares saíram em defesa do atual presidente do Banco Central –
entre eles Sergio Moro (União-PR), Tereza Cristina (PP-MS) e o próprio
presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
Galípolo foi aprovado no plenário com o menor número de votos negativos
dos últimos 22 anos. Ele recebeu apenas cinco votos 'não', a menor
rejeição entre senadores desde Campos Neto, aprovado em 2019 com seis
posicionamentos contrários.
Ele também teve o maior apoio entre todos os presidentes do Banco Central indicados desde 2002.
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Gabriel Galípolo atuou na campanha de Lula à Presidência da República e
na equipe de transição de governo. No ano passado, foi
secretário-executivo do Ministério da Fazenda, a função mais importante
da pasta depois da do ministro.
Em julho, exerceu momentaneamente a Presidência do BC, nas férias de
Roberto Campos Neto. É mestre em Economia Política pela Pontifícia
Universidade Católica (PUC-SP), onde também é professor.
É professor do MBA de PPPs e Concessões da Fundação Escola de
Sociologia e Política de São Paulo, em parceria com a London School of
Economics and Political Science.
Em 2007, o economista foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria
de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. E, no ano
seguinte, foi diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da
Secretaria de Economia e Planejamento do estado.
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