quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

PF faz operação contra militares e ex-ministros de Bolsonaro em investigação sobre tentativa de golpe

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Polícia Federal deflagrou uma operação nesta quinta-feira (8) contra militares e ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
São alvos de buscas:

  • General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
  • General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha (veja o que ele disse sobre a operação);
  • Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
  • Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
  • Ailton Barros, coronel reformado do Exército.
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Foram presos, segundo o blog da Andréia Sadi:

  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro (preso na casa da namorada);
  • Marcelo Câmara, coronel do Exército ex-assessor especial de Bolsonaro;
  • Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto;
  • Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.

Clique AQUI para ver quem são todos os alvos da operação. 
As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou que Bolsonaro entregue o passaporte e não fale com outros investigados. O advogado do ex-presidente disse que ele cumprirá as ordens.
A investigação tenta elucidar a participação dessas pessoas nos atos do dia 8 de janeiro, quando milhares de manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes (Planalto, Congresso e Supremo) em Brasília.
Segundo a PF, os investigados se uniram para disseminar notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro com objetivo de criar condições para uma intervenção militar que mantivesse Bolsonaro no poder.
Ainda de acordo com a PF, o grupo se dividiu em dois grupos:

  • O primeiro era voltado a construir e propagar informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, apontando "falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação", que continuou mesmo após o resultado da eleição;
  • O segundo eixo, por sua vez, praticava atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais.
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Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Além de prisões e buscas, há 48 outras medidas cautelares, como proibição de contato entre os investigados, retenção de passaportes e suspensão dos cargos públicos.
A operação foi chamada pela Polícia Federal de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", em latim. 

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