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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: DivulgaçãoO vereador de Guarapuava Sidão Okeiko, do União Brasil,
foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pelos crimes
de associação criminosa, concussão, lavagem de dinheiro e coação a
partir da suspeita de um esquema de "rachadinha".
Além dele, o órgão também ofereceu denúncia à esposa e ao irmão do parlamentar. Entenda abaixo.
Conforme documento, o trio criou um sistema de recebimento de parte dos vencimentos de servidores sob ameaça de exoneração. Eles foram alvo de uma operação do MP-PR em maio.
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O advogado do parlamentar e dos outros dois denunciados, Marinaldo
Rattes, afirmou que "os fatos narrados pela acusação, por si só, carecem
de veracidade, pois é necessária a garantia da ampla defesa e do
contraditório".
Investigação
Segundo o MP-PR, a investigação mostra que pelo menos duas servidoras
públicas entregaram valores em espécie ou produtos alimentícios à esposa
de Sidão sob ameaça, em um total de R$ 2.060.
O MP também afirma que uma das servidoras que fez pagamentos ao trio
tinha sido indicada pelo vereador para um cargo na prefeitura.
Contestada pela RPC, a Prefeitura de Guarapuava disse que não vai se manifestar sobre o caso.
No documento de denúncia, o MP-PR ainda solicitou que o vereador, a
esposa e o irmão sejam condenados a devolver o valor recebido no esquema
com juros e correção monetária.
O que diz a defesa
Em nota, a defesa do vereador disse ser "temerário imputar qualquer um
dos crimes elencados na denúncia ao vereador" e "controversa" a questão
da ameaça uma vez que a servidora continua na função comissionada.
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Atuação
Conforme denúncia do Ministério Público, a atuação do grupo iniciou
logo nos primeiros meses de mandato de Sidão, com a ajuda da esposa e do
irmão.
No esquema, segundo o órgão, eles solicitavam mensalmente a assessores
vinculados ao gabinete ou indicados por ele ao Poder Executivo valores
em espécie ou em cestas básicas. O documento afirma que a esposa do
parlamentar assediava as vítimas para que repassassem o dinheiro e não
contassem a ninguém.
O MP-PR ainda afirma que elas eram ameaçadas de exoneração para
aceitarem a condição e que a situação foi identificada em pelo menos 14
situações entre fevereiro de 2021 e abril deste ano.
Os valores repassados em espécie eram depositados e transferidos para a
conta do irmão do vereador, segundo o Ministério Público. O órgão
afirma que isso foi feito para dissimular o verdadeiro destinatário do
dinheiro.
Por nota, o advogado afirmou que as movimentações bancárias apontadas
são correspondentes a compra e venda de produtos comercializados por
ele, sem qualquer relação com Sidão.
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