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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Geraldo BubniakA Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve, em segunda instância, a decisão da CAP S/A pagar a dívida envolvendo o empréstimo de R$ 291 milhões feito pela Fomento Paraná, para a conclusão da Arena da Baixada.
Caso a empresa não faça o pagamento, o CT do Caju e o estádio podem ser
penhorados pela justiça. A decisão foi unânime, por três votos a zero (
Relator Des. Hamilton Mussi Corrêa e vogais Des. Hayton Lee Swain Filho
e Des. Luiz Carlos Gabardo).
O processo se arrasta há anos nos tribunais. A
CAP S/A, empresa que o Athletico tem 95% das ações, precisa pagar o
valor emprestado ao Fundo de Participação dos Municípios, pela Fomento
Paraná. O dinheiro foi utilizado para arcar com os custos da reforma da
Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Porém, o clube tenta selar um
acordo do Tripartite para o pagamento, envolvendo a Prefeitura de
Curitiba e o Governo do Estado do Paraná.
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Mas, para a Justiça, quem tem
que pagar o valor é o Furacão.
Sem efeito suspensivo, o pedido do credor pode ser executado a qualquer
momento. No entanto, a CAP S/A pode entrar com um recurso no Superior
Tribunal de Justiça. O que ainda gera discussão é se vai ser cobrado o
valor contratado inicialmente ou o valor total no acordo Tripartite, que
mudou durante a construção do estádio.
Nota do clube
Após a decisão, o Athletico divulgou uma
nota dizendo que nada se altera em relação processo. O clube pretende
recorrer da decisão tomada pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Veja a
nota na íntegra.
“Hoje o Tribunal de Justiça do Paraná julgou recursos
que envolviam a execução da Fomento contra o Athletico (inclusive da
parte do Estado e do Município). Foi confirmada uma decisão de primeira
instância, em torno do valor da dívida. Juridicamente, nada se altera.
Não estava em discussão hoje acordo
tripartite (como ressaltaram os Desembargadores), envolvendo a obrigação
de dividir o custo total da obra com Estado e Município. Esse tema
está, em parte, no processo judicial de produção antecipada de prova,
onde houve a realização da perícia da Fundação Getúlio Vargas
integralmente favorável ao Athletico, como já noticiado. A sentença do
processo de produção de prova, aliás, transitou em julgado.
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O tripartite
também está em discussão no Tribunal de Contas do Estado – onde também
já há uma decisão favorável ao Athletico, como amplamente divulgado.
De qualquer forma, contra a decisão de hoje, exclusivamente no tema
da execução, cabem recursos ao STJ e ao STF. E o Athletico anuncia que
vai interpor os dois recursos, por discordar da decisão no mérito. Isso,
no entanto, não muda em nada a postura do Clube em apostar em uma saída
negociada. O Athletico aproveita para reafirmar que está, como sempre
esteve, disposto a pagar cem por cento da sua parcela do custo do
estádio. E a pendência de recursos judiciais não muda a disposição do
Clube.”
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