“Se
você escolher usar as Lojas, suas atividades de compra poderão ser
usadas para personalizar sua experiência nas Lojas e os anúncios que
você vê no Facebook e no Instagram. Esses recursos são opcionais e
quando você os usa, nós informaremos diretamente no app do WhatsApp como
e por que seus dados serão compartilhados com o Facebook”, prossegue o
texto.
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Outra
possibilidade será “descobrir empresas”, diz o comunicado: “Você poderá
ver um anúncio no Facebook com um botão para enviar mensagens para uma
empresa por meio do WhatsApp. Se você tiver o WhatsApp instalado no seu
celular, será possível enviar mensagens diretamente para essa empresa. O
Facebook, por sua vez, poderá utilizar os dados de como você interage
com esses anúncios para personalizar os anúncios que você verá no
futuro”.
Após o
anúncio da nova política do WhatsApp, a procura por seus principais
concorrentes disparou. De acordo com dados da empresa de análise Sensor
Tower, o Signal foi baixado globalmente 246.000 vezes na semana antes do
WhatsApp anunciar a mudança em 4 de janeiro, e 8,8 milhões de vezes na
semana seguinte.
Para o
especialista em segurança de dados Marcos Simplicio, professor de
Engenharia de Computação na USP, cada aplicativo tem vantagens e
desvantagens e a escolha dependerá dos interesses do usuário em usar os
serviços das empresas do Facebook e de quão ele está disposto a abrir
mão de sua privacidade.
“Se
você se preocupa com sua privacidade a ponto de não entregar muitos
dados para o Facebook, então é interessante a hipótese de trocar de
aplicativo. Já se você gosta da personalização que o Facebook te dá
(como anúncios focados nos seus interesses), você vai estar ganhando em
termos de serviços fornecidos personalizados para você (ao
disponibilizar mais dados)”, ressalta.
A
opção queridinha dos especialistas em segurança de dados, diz o
professor, é o Signal, serviço também grátis disponível para Android e
iOS e usado pelo ex-analista da CIA Edward Snowden, que ficou famoso
após tornar públicos detalhes sobre programas de vigilância do governo
dos Estados Unidos.
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O
aplicativo foi criado por um grupo independente de desenvolvedores de
software chamado Open Whisper Systems, cujo fundador é o hacker Moxie
Marlinspike.
O
Signal, que é sustentado por meio de doações, não coleta dados pessoais,
como lista de contatos do usuário, nome e foto do perfil, informações
de grupos, dados de localização, entre outros. Outro grande diferencial,
diz Simplicio, é a maior transparência.
“O
Signal é tão cifrado quanto os outros (em termos de mensagens
criptografadas), mas o código é aberto. Então, dá para auditar melhor
que o WhatsApp ou o Telegram”, afirma.
“Isso
significa que você tem acesso a todos os detalhes do software: uma
pessoa que é da área de programação pode olhar e ver tudo que ele faz e
que ele não faz. Já no WhatsApp, você não tem acesso aos algoritmos que
ele está utilizando”, explica ainda.
Por
outro lado, a grande desvantagem do Signal é que tem um universo de
usuários muito menor, enquanto o WhatsApp tem 2 bilhões de pessoas
inscritas. Isso significa que você provavelmente não encontrará no
Signal todas os contatos com os quais quer trocar mensagens.
Já o
Telegram, que tem alcance intermediário entre seus dois concorrentes, é
outra opção disponível sem custo, para Android e iOS, que também traz
pontos positivos e negativos, diz Simplicio.
Segundo
sua política de privacidade, o aplicativo não usa os dados dos usuários
para gerar anúncios e armazena apenas informações necessárias para a
operação do serviço de troca de mensagens.
Por
outro lado, sua criptografia não é considerada tão segura, devido ao
sistema usado pelo Telegram para realizar backup (armazenamento) das
mensagens automaticamente para o usuário. Isso permite que, em caso de
perda desse conteúdo, o usuário o recupere totalmente, sem perder as
trocas mais recentes, como ocorre no WhatsApp.
“Quando
eu mando uma mensagem para você no WhatsApp, só você vê. O servidor do
WhatsApp não consegue enxergar, porque ele usa um protocolo (de
criptografia) muito similar ao do Signal”, nota o professor.
“No
Telegram você pode fazer isso, mas tem que ativar essa funcionalidade.
As mensagens que você manda por padrão não são protegidas de ponta a
ponta. Elas são protegidas entre você e o servidor, que salva para você
(o conteúdo), e depois ele entrega para o destinatário”, continua.
“Então, a princípio, o Telegram pode ler suas mensagens e dá para
recuperar suas mensagens de uma forma mais fácil, foi o que aconteceu
com o caso da Vaza Jato”, explica ainda, lembrando a série de
reportagens do site Intercept Brasil que teve acesso a mensagens
trocadas no Telegram por autoridades da Operação Lava Jato, após o
procurador Deltan Dallagnol ser hackeado.
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Publicado primeiro em Banda B » Devo mudar para o telegram? 4 perguntas sobre as novas regras para o WhatsApp.
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