By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RIC MAIS – Imagem: Divulgação
Separada há sete meses do ex-companheiro, Lislaine Camargo tem vivido um pesadelo com frequentes ameaças e atitudes que a fazem temer pela própria vida. Tomada pelo medo e impotência, Lislaine chegou a buscar ajuda da polícia e até do Ministério Público, mas tudo que conseguiu foi uma orientação para deixar o atual endereço onde mora e trabalha.
Para Lislaine, o sentimento é impotência e desespero. E não só pra ela. Com o ex-companheiro, a mulher tem um filho de três anos que tem presenciado diversas ameaças e atitudes violentas.
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Com o ex, Lislaine foi casada durante 13 anos, e de acordo com ela por muitas vezes a relação foi abusiva.
“Foi uma relacionamento abusivo durante todos esses 13 anos, até que
teve alguns agravantes. Eu fiz algumas denúncias, tem uns três processos
aí correndo. Comecei um tratamento psicológico que a minha psicóloga
foi me encorajando a desistir desse relacionamento”.
Ao longo do casamento, Lislaine conta que compartilhou com o
ex-companheiro o uso de drogas, mas que conseguiu se recuperar do vício
há sete anos – ao contrário do indivíduo, que além de permanecer com o
uso de entorpecentes entrou ainda mais em situações de agressões e
ameaças.
Na última quinta-feira (24), imagens da câmera de segurança instalada em
frente a propriedade da vítima flagrou o homem visivelmente alterado em
frente ao portão. No local, o motivo da visita foi a cobrança de uma
dívida.
“Eu entrei no quarto, tranquei a porta do quarto, ele teria que pular e
arrombar duas portas. Entrei em uma ‘caverninha’ que tem embaixo da
minha escada e fiquei lá com meu filho. Pedi pro meu filho ficar quieto.
Totalmente desesperada”, conta a vítima.
A polícia, conforme Lislaine, chegou 30 minutos depois e foi
surpreendida por uma frase bastante impactante vinda do filho do casal,
uma criança de três anos.
“Tio, eu quero crescer e ter uma arma para prender e matar o meu pai”.
No local, o medo e as marcas da agressividade eram visíveis: furos na lona, vidros quebrados e pedras arremessadas pelo agressor.
Segundo a vítima, muitas vezes ela chegou a dar dinheiro ao
ex-companheiro. “Ele chegava aqui, pedia, e pra não fazer escândalo, não
quebrar e fazer o que ele fez, eu dava. Só que de uns tempos pra cá eu
decidi dizer não, e só piorou”.
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De acordo com a tia da mulher, as situações de ameaças são constantes mesmo após o registro de boletim de ocorrência.
Para Lislaine, o posicionamento recebido na Delegacia da Mulher não é o
suficiente para conter o medo e as ameaças do ex, e por isso ela
procurou a reportagem da RIC Record TV para pedir amparo.
Nota da Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil do Paraná informou
que a denúncia foi aberta, e que o pedido de medida protetiva cautelar
foi encaminhada à justiça, que segue investigando o caso.
Até o momento, a medida preventiva não foi cumprida porque o denunciado não foi encontrado.
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