terça-feira, 6 de novembro de 2018

Polícia vai investigar suposto caso de discriminação de criança com síndrome de Down: "retardado na Apae"


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO GAUCHA Imagem: Divulgação


Uma veterinária de 43 anos procurou a polícia de Passo Fundo para registrar um suposto caso de discriminação ocorrido contra a filha de oito anos, com síndrome de Down. No dia 24 de outubro, a mãe foi arrumar a mochila da menina e diz que teria encontrado um bilhete escrito "Negro na senzala / Gay no armário / Retardado na Apae / B17".
— Eu reviso a mochila dela todo os dias, e achei na quarta-feira (24), então devem ter colocado na terça (23), porque ela tem aula à tarde. Tenho certeza que foi na escola porque meu pai buscou ela, e a mochila, depois disso, só ficou dentro do carro, sem acesso até chegar em casa — explica.
A mãe da criança conta que chegou a jogar o bilhete no lixo, mas decidiu voltar atrás. No mesmo dia, antes de ir à Polícia Civil, foi comunicar o ocorrido na escola onde a filha estuda desde os dois anos. A mulher diz que ela e o marido tiveram todo o apoio da direção da instituição.
Após tomar conhecimento, a mãe conta que a direção escreveu uma carta aos pais de alunos informando o ocorrido, na qual diz que a instituição "não pode aceitar nem compactuar com tal atitude, pois contraria todos os seus princípios”.
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O comunicado ainda informa que uma “sindicância interna foi aberta, com entrevistas a todos os profissionais envolvidos na escola, análise dos registros das câmeras de monitoramento e análise da escrita do bilhete”.
O caso será investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Passo Fundo. 
— Pedimos perícia e requisitamos filmagens ao colégio. Vamos checar tudo — diz o delegado titular da DPCA, Mário Pezzi.
A família, segundo a mãe da criança, se dispôs a fazer exame de caligrafia "porque, mesmo que não achem quem fez, que pelo menos descartem que a gente tenha feito isso".
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), citada no bilhete, lançou uma nota no Facebook, no qual diz que "não é demérito frequentar a Apae e usufruir dos serviços que a Instituição oferece nas áreas da Assistência Social, Saúde e Educação, pois todos são prestados com seriedade, competência e comprometimento".


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