By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL – Imagem: Roger Pereira
Com R$ 425 milhões em patrimônio
declarado à Justiça Eleitoral, o candidato do Partido Novo à presidência da
República nas Eleições 2018, João Amoêdo, disse, nesta terça-feira, em Curitiba, que as pessoas
que tiveram sucesso na vida privada e ingressam na política devem ser admiradas
e não criticadas. Para ele, é muito melhor eleger candidatos milionários a
eleger quem “não têm patrimônio, entram para a política e saem da política
milionários”, que, segundo ele é o perfil de muitos políticos profissionais no
Brasil.
“Entrei na
política por entender que, como cidadão e tendo já tido sucesso na vida,
deveria devolver um pouco à sociedade brasileira. Cansei de pagar a conta de
todos esses políticos que estão aí há anos, nunca fizeram nada pelo povo
brasileiro. Me vi com tempo, disposição e capacidade para fazer alguma coisa
para mudar essa cultura de achar que as pessoas que foram bem sucedidas estão
para se aproveitar. Pelo contrário, estamos vindo para a política para fazer
algo de bom para o povo brasileiro. O ruim é quando você tem pessoas que não
têm patrimônio, entram para a política e saem da política milionários”,
declarou.
O candidato
entende que, mesmo vivendo em uma situação extremamente privilegiada em relação
ao brasileiro médio, o eleitor poderá identificar-se com ele justamente por
querer administrando o país um gestor de sucesso comprovado. “Afinal de contas,
a gente não quer um país próspero, com geração de riqueza para combater a
pobreza?
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Então eu penso que as pessoas mais simples estão procurando alguém que
mostre seriedade, honestidade, transparência e que seja um bom gestor. Meu
patrimônio só referenda tudo isso, principalmente na forma de explicitá-lo, sem
esconder nada, sem deviar, sem colocar laranjas, o que vimos com muita
frequência na política brasileira, como nos mostra a lava Jato”. Questionado se
o eleitor não pode estar desconfiado de gestores de sucesso do setor privado
justamente por conta dos empresários envolvidos na Lava Jato, o candidato
retrucou: “Neste caso são gestores que entraram para a política para fazerem
acordos com o estado brasileiro para se beneficiar. Eu nunca ganhei um tostão
trabalhando com o estado brasileiro, acho que essa é uma análise que o eleitor
brasileiro pode fazer facilmente”.
Amoêdo disse
que usará, no máximo, R$ 1,4 milhão de recursos próprios em sua campanha (20%
dos R$ 7 milhões que pretende gastar). “Até porque estou doando o que é mais
precioso e impagável que é o tempo. E entendo, também, que o projeto só faz
sentido se tiver outras pessoas envolvidas e esse envolvimento se mostra na
disposição de doar, então não faria sentido eu bancar integralmente minha
campanha, pois pareceria que seria um projeto pessoal. E tudo o que a gente não
quer no Novo é um projeto pessoal”.
Questionado sobre o fato de ter metade de seu patrimônio investido em renda
fixa, lucrando através dos altos juros ainda praticados no país, o candidato
disse concordar com a política de juros brasileira e afirmou ter optado pela
renda fixa por ser uma aplicação conservadora, num momento em que está se
dedicando mais à política do que às finanças pessoais. “Acho que a política
está adequada. A política de juros do Banco Central está segurando a inflação.
O que não está adequada é a gestão do Estado Brasileiro, que gasta muito, gasta
mais do que arrecada e, consequentemente, vive no cheque especial. Então, o que
a gente precisa fazer no caso brasileiro é equilibrar as contas. Agora, a
política de juros para combater a inflação tem sido adequada. E eu coloco na renda
fixa porque é uma aplicação conservadora e, nos últimos anos, a última coisa
que eu tenho tido tempo é para cuidar das minhas finanças pessoais. Então fiz
essa opção conservadora de deixar nos juros e correr poucos riscos”.
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O candidato
enfatizou a premissa do Partido Novo de não utilizar recursos públicos em suas
campanhas, sustentadas apenas com as doações de filiados e apoiadores. Afirmou
que o partido não utilizou, até hoje, nenhum real dos R$ 4 milhões já
depositados em seu fundo partidário, e nem utilizará os R$ 1 milhão a que tem
direito do fundo eleitoral, já tendo feito, inclusive, consulta à receita para
a devolução desses valores. Amoêdo disse que a extinção dos fundos públicos
para políticos seria o primeiro item de sua reforma política e disse que esse é
o principal fator que impede o partido de cogitar qualquer coligação nos
estados. “Não dá para fazer coligação com partido que esteja utilizando
dinheiro público. Enquanto não existir outro partido que se recuse a utilizar
dinheiro do cidadão em suas campanhas, não poderemos nos coligar”.
Perguntado se
o fim do financiamento público não seria antidemocrático, beneficiando
candidatos ricos como ele nas eleições ele disse que os partidos devem buscar
seu autofinanciamento. O Novo vive com R$ 29 de seus filiados que doam
mensalmente. E temos filiados de todas as classes sociais. O PT tem 1,5 milhão
de filiados. Cada filiado não pode doar R$ 2 para o partido? Esse fundo
eleitoral e partidário é uma afronta ao povo brasileiro. Para mim,
antidemocrático é tirar dinheiro de quem está desempregado, fazendo-o pagar
mais pelo saco de feijão para financiar a campanha do Geraldo Alckmin ou do
Guilherme Boulos? Isso é democracia?”
O candidato
apontou, ainda, que o dinheiro do fundo eleitoral está sendo distribuído
majoritariamente aos quatro partidos que tiveram maior envolvimento nas
investigações da lava Jato. “Ou seja: as pessoas fizeram o mensalão, o
petróleo, usaram caixa 2 e, em função disso, colocaram mais pessoas no
Congresso e, agora, estão recebendo um prêmio, que é dinheiro público que está
saindo da educação e da segurança. Isso que, para mim é antidemocrático”,
concluiu.
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