By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A REDE – Imagem: Divulgação
Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no
assassinato e na ocultação do cadáver de Zeni Pelissari Albrecht, de 76 anos. Ela
foi morta em uma casa no Jardim Carvalho e o corpo foi encontrado na madrugada
desta sexta-feira (9) na região do Alagados. Três mulheres e um homem foram
levados para a delegacia suspeitos de planejar e executar o crime, segundo o delegado
Maurício Souza da Luz. O carro usado para levar o corpo da vítima até o
Alagados também foi apreendido.
A mulher, possivelmente, foi morta por asfixia e, em
seguida, teve o corpo levado até a região do Alagados em uma tentativa de
esconder o corpo. O crime foi motivado porque um dos envolvidos teria
descoberto que a idosa guardava dinheiro dentro de casa.
De acordo com o delegado Maurício Souza da Luz, “todas as
informações levam a acreditar que os quatro tiveram participação nesse crime,
cada um com a sua função dentro dessa prática criminosa”. Segundo explica o
delegado, as investigações começaram após a notícia do desaparecimento da idosa.
A autoridade policial explica ainda que eles devem responder
por três crimes: latrocínio, ocultação de cadáver e associação criminosa, “já
que se verificou que eles planejaram e se juntaram nessa residência vizinha à
casa da vítima, cada um com sua missão”.
Versão dos suspeitos
As mulheres presas negam envolvimento no crime e acusam Adilson
José de Mello, de 49 anos, conhecido como Zé, como responsável pelo
assassinato. De acordo com Cíntia de Lima Dzazio, de 34 anos, ela estava na
casa de sua mãe quando Zeni apareceu no local. ‘Zé’, um conhecido da família,
estava na casa e agarrou a vítima pelo pescoço. “A Zeni foi lá levar ração pra
minha mãe, ela sempre ajudava com comida e com ração, cuidava da minha mãe, que
teve derrame e câncer”, explica.
Cíntia conta que assim que ele agarrou a idosa, pegou a
chave da casa da vítima e pediu que ela fosse até a residência para ver “se
tinha alguma coisa”. Quando ela abriu a porta, o alarme disparou e Cíntia
decidiu voltar para a casa da mãe para devolver a chave. Segundo ela contou,
logo em seguida ela voltou para o trabalho e só descobriu que Zeni tinha sido
morta quando a polícia foi atrás dela, em seu local de trabalho.
Já Jocemara Ferreira, de 51 anos, conhecida como Jô, nega
qualquer tipo de participação no crime e conta uma história parecida com a de
Cíntia. Ela também disse que o autor do crime foi o homem identificado como Zé –
a mulher dele teria descoberto que a vítima guardava R$ 200 mil em dinheiro em
casa e isso teria motivado o crime. “Quando cheguei na casa [da vizinha de
Zeni], ele [Zé] já tava torcendo o pescoço da velha, eu saí correndo pra sala”,
relata. “Você fica sem ação, eu fiquei parada. Foi aonde ele fez o que fez pra
ela, pegou um cobertor, enrolou, mas eu não vi direito, porque não fiquei perto”,
completa.
A versão de Zé contesta tudo o que as mulheres argumentam.
Ele confessa que levou o corpo até o Alagados, mas garante não ter envolvimento
com o assassinato. Segundo ele, Cíntia ligou pedindo para que ele fizesse o
transporte de uma cama e, quando ele chegou na casa, Jô mostrou a ele o corpo
de Zeni. Elas pediram ajuda para que ele escondesse o corpo e o homem decidiu
levar a idosa até o local mais isolado. Ainda conforme Zé, Cíntia e a mãe
vinham planejando assaltar a idosa há algum tempo, desde que elas ficaram
sabendo que Zeni guardava dinheiro em casa.
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