By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANÁ PORTAL – Imagem: Divulgação
Por 12 votos, o órgão especial do
Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) condenou o secretário especial de
Cerimonial e Relações Internacionais do Governo do Paraná Ezequias Moreira a 6
anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto e perda de função pública nesta
segunda-feira (3). Além do cargo de secretário, Moreira também exercia
função de conselheiro na Sanepar. Ele foi acusado de ter nomeado a sogra
como funcionária fantasma da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) durante 11
anos enquanto era chefe de gabinete do então deputado estadual Beto Richa
(PSDB), atual governador do Paraná.
No ano passado, o Ministério
Público do Paraná (MPPR) pediu que o secretário fosse condenado a 11 anos de prisão.
O pedido foi do subprocurador-geral de Justiça Eliezer Gomes da Silva e o
promotor Fábio André Guaragni, mas a pena foi relaxada pelos desembargadores na
votação desta segunda-feira.
De acordo com a denúncia, o esquema
teria começado em março de 1996 quando Moreira nomeou a sogra, Verônica
Durau, como servidora comissionada no gabinete do então deputado estadual Beto
Richa (PSDB). A situação se manteve até janeiro de 2001, quando a “sogra
fantasma”, como ficou conhecido o caso, foi nomeada na Administração da
Alep. Segundo a denúncia do MPPR, Moreira controlava a conta bancária da
mulher e desviou mais de R$ 539 mil durante o período.
“Destaca-se que a culpabilidade do
réu opera-se em um grau elevado de censurabilidade. Isto porque, valendo-se da
confiança nele depositada pela administração pública, e em decorrência de sua
função de chefe de gabinete do parlamentar Carlos Alberto Richa, o réu de forma
intencional, não só lesou o erário da Alep (…) mas também faltou com o dever de
probidade”, sustentava a acusação.
O caso foi tornado público em 2007
e o réu confessou o crime. Em 2008, o então secretário devolveu R$ 539,4
mil aos cofres públicos espontaneamente. O caso demorou para tramitar pois
Moreira recebeu, em 2013, cargo de confiança no Governo. Com isso, ele recebeu
o direito ao foro privilegiado e o processo saiu da primeira instância e foi
para o TJ-PR. Na época, o Executivo estadual informou, por meio de nota,
que nomeou Ezequias Moreira para o secretariado devido à capacidade dele para
exercer o cargo e por já fazer parte da equipe do governo, atuando na Sanepar.
A assessoria de imprensa do Governo
foi procurada para se pronunciar sobre o caso e a abertura da vaga na
Secretária de Cerimonial e Relações Internacionais. “O Governo do Estado do
Paraná aguarda publicação do acordão para se manifestar”, disse em nota.
A assessoria do TJ confirmou a
condenação, mas afirmou que novas informações só devem ser divulgadas
após publicação do acordão.
Prescrição
Ezequias Moreira foi condenado pelo
crime de furto, cuja prescrição é de oito anos a partir do recebimento da
denúncia, em 2007. Assim, como a soma da pena é menor que o período em que
correu o processo, 10 anos, Ezequias não precisará cumprir a prisão. Até por
isso, o pedido do Ministério Público na ação era de uma condenação a 11 anos e
oito meses de prisão, mas a pena foi atenuada pelo fato de ele ter devolvido o
dinheiro desviado. A condenação à perda dos cargos públicos, no entanto, terão
de ser cumpridas. Além da secretaria de Estado, Ezequias terá que deixar seu
cargo na Sanepar, onde é funcionário de carreira.
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