By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC – Imagem: RPC
O delegado Rubens Recalcatti e outras oito pessoas viram réus na Justiça. Eles são acusados de envolvimento no assassinato de um suspeito de matar um parente de Recalcatti na Região de Curitiba, em abril de 2015.
Há mandado de prisão preventiva (por tempo indeterminado) expedido contra todos os acusados. A decisão da prisão é da juíza Marina Lorena Pasqualotto, da Vara Criminal de Rio Branco do Sul, município da Região Metropolitana da capital paranaense. Em outubro de 2015, o delegado já havia sido preso.
O Juízo de Rio Branco do Sul aceitou a denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça da Comarca contra o delegado e os demais, sendo que sete são policiais civis. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) divulgou a informação nesta terça-feira (2).
Na denúncia, o MP-PR atribui aos réus os crimes de homicídio triplamente qualificado, fraude processual e diversos abusos de autoridade.
O advogado Claudio Dalledone, que defende Recalcatti, disse que a prisão é arbitrária que busca pela revogação perante o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR).
Denúncia
Todos eles foram denunciados pelo MP-PR pela morte de Ricardo Geffer, ocorrida em abril de 2015. De acordo com a denúncia, Geffer foi morto após ser preso pela equipe de Recalcatti, em Rio Branco do Sul.
A promotoria afirma que Recalcatti foi à cidade para prender Geffer porque ele foi apontado como suspeito pela morte do ex-prefeito João Dirceu Nazzari, conhecido como João da Brascal. O político era casado com uma prima do delegado.
Conforme o MP-PR, Geffer foi denunciado pelo empresário Mauro Sidnei do Rosário porque ele acreditava que Geffer havia ameaçado a família dele. De acordo um Boletim de Ocorrência citado na denúncia, o empresário acusou Geffer de ter atirado contra ele, a mãe, o irmão e a filha. A promotoria acredita que o empresário queria matar Geffer e, por isso, passou a persegui-lo.
Recalcatti, os sete investigadores e o empresário foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual e por prender um adolescente sem flagrante, no caso, o filho de Geffer.
No dia 12 de abril, quando João da Brascal foi morto, o delegado foi a Rio Branco do Sul para investigar o caso. Apesar da conhecida atuação do Recalcatti na Delegacia de Homicídios, à época, ele estava na Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio. Para os promotores, Rosário aproveitou as declarações que Recalcatti deu à imprensa, prometendo prender o assassino do político, para denunciar Geffer.
No dia 28 daquele mês, Recalcatti e os sete policiais denunciados chegaram a um sítio em Rio Branco do Sul. Geffer estava no local com a família. Conforme a denúncia, os policiais renderam todos e prenderam Geffer. Algemado, ele teria sido atingido por vários disparos, sendo que o primeiro foi efetuado pelo empresário, de acordo com o documento. “O crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, uma vez que a vítima foi colhida de surpresa, cercada por nove (09) pessoas fortemente armadas, tendo sido alvejada quando já estava dominada por todos, no solo e algemada”, diz trecho da denúncia.
Um laudo do Instituto de Criminalística do Paraná apontou que Geffer foi morto com oito tiros, sendo que um deles foi na cabeça.
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