By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Com o aumento da chuva, a partir de março, a conta de luz vai ficar 3% mais barata. É a segunda redução em oito dias. Mas ainda está longe de ser um alívio. No ano passado, a conta subiu mais de 50%.
Vamos pensar no pãozinho do café da manhã. A batedeira industrial é movida a eletricidade, o forno pode ser elétrico. Para vender o pão, as luzes estão acesas na padaria. O que se espera é que essa redução na conta de luz chegue ao comércio e nos serviços.
Tem mais água nos reservatórios das hidrelétricas do país. Em uma semana, os de maior capacidade, que ficam no sudeste subiram de 41,7% para 45%. Com essa melhora, vai dar para aumentar a geração de energia hidrelétrica e diminuir a térmica.
No dia primeiro de março, sete usinas térmicas vão ser desligadas. Duas na Bahia, duas no Rio de Janeiro, duas no Paraná e uma no Mato Grosso. Como a energia gerada por elas é bem mais cara, só essa medida vai significar uma economia de R$ 720 milhões por mês. E o consumidor também vai gastar menos.
No mês que vem, a bandeira tarifária, que é uma cobrança adicional da conta de luz quando o custo da energia está alto, vai mudar da vermelha para a amarela, o que siginifica que a taxa extra cai de R$ 3 para R$ 1,50 a cada 100 kilowatts consumidos.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, diz que a decisão foi tomada com cautela, analisando vários indicativos do setor e a previsão de chuvas para os próximos meses.
“Nós estamos tomando todas as decisões de forma prudente para que tenhamos, não apenas energia armazenada nos reservatórios, como também nós possamos recuperar o déficit hidrológico que aconteceu nos últimos três anos no Sudeste e no Centro-Oeste, e ao mesmo tempo no Nordeste”, diz o ministro.
Pelos cálculos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, a troca das bandeiras deve provocar uma queda de mais ou menos 3% na conta de luz. Além disso, há uma expectativa de redução também no preço da tarifa, aquela que é reajustada todo ano e que varia de acordo com a operadora de energia. Isso porque a energia gerada pela usina de Itaipu ficou mais barata.
A queda não deve compensar os quase 50% de reajuste da energia no ano passado, mas traz algum alívio. “Este ano tem elementos suficientes para comemorar que realmente, finalmente, a gente inverteu aquela tendência de aumento tarifário”, diz o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
O economista Francisco Pessoa, da LCA Consultores, lembra que com a energia mais barata, os preços de outros produtos afetados pelo custo da energia também podem cair.
“Energia elétrica, ela é também insumo, então o cabeleireiro, um médico, o cinema um restaurante, todos eles usam energia elétrica para funcionar. Essa redução também vai ser sentida pelo comércio e pelos serviços, então a gente vai ter um impacto duplo positivo sobre a inflação”, diz o economista.
O ministro de Minas e Energia também disse que é possível que as contas de luz passem a vir com a bandeira verde, aquela em que não é cobrada nenhuma taxa extra, a partir de abril.
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