By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Voz do Sudoeste – Imagem: Divulgação
O secretário da Segurança Pública do
Paraná, Fernando Francischini, falou nesta segunda-feira (16) que a
empresa do ônibus que se envolveu em um acidente fatal em Santa Catarina
fraudou a documentação para fazer aquela viagem. Na madrugada de sábado
(14), o coletivo, que tinha saído de União da Vitória, saiu da estrada e
deixou 51 mortos. Foi o pior acidente rodoviário do Estado.
Segundo Francischini, o objetivo das
investigações no Paraná é “garantir futuras indenizações às famílias das
vítimas”. O motorista e dono da empresa Costa & Mar, Cérgio Costa,
também morreu no acidente. O secretário falou sobre as possíveis fraudes
que estão sendo apuradas.
— Informações iniciais nos dão conta que
a empresa fraudou a documentação, a licença junto ao DER [Departamento
de Estradas de Rodagem] para fazer a viagem. A viagem no pedido de
licenciamento era para Guaratuba, ou seja, o DER poderia autorizar. Mas,
na verdade, estava fraudada a licença, o destino final era Itapoá, em
Santa Catarina, em que eles deveriam ter autorização da ANTT [Agência
Nacional de Transportes Terrestres], que é do governo federal. Não
tinham essa autorização.
Ele ainda disse que o excesso de passageiros no coletivo também será investigado.
— O pedido de licença para esse
transporte mostrava um veículo diferente do que se acidentou. E o pedido
era de 31 pessoas e tinham mais de 60 pessoas dentro do ônibus.
Um dos oito sobreviventes do acidente
com ônibus de turismo que deixou 51 mortos na maior tragédia rodoviária
de Santa Catarina relatou, em entrevista à TV Record,
que o veículo não tinha cintos de segurança e que, em determinado
momento da viagem, ficou sem freios. A ocorrência foi registrada na
rodovia SC-418, conhecida como Serra Dona Francisca. O coletivo caiu de
uma ribanceira de aproximadamente 400 metros de altura.
De acordo com o jovem, que está
internado e preferiu não se identificar, momentos antes do acidente,
passageiros chegaram a pensar que o motorista havia dormido ao volante. O
rapaz perdeu a mãe e a irmã na tragédia.
— Na descida da serra, vi que o
motorista ultrapassou uma carreta. Aí, todo mundo achou que ele tinha
dormido, porque ele passou a noite em claro arrumando o ônibus. Aí, um
rapaz correu até a frente para ver se ele estava dormindo ou não. Ele
não estava dormindo. Só fez sinal de que o freio estava falhando. Aí, o
rapaz olhou e disse: “Não tem freio”. Minha mãe falou: “Filho, se agarra
porque acabou o freio do ônibus”.
Peritos examinam os destroços do ônibus
em busca de pistas sobre a causa do acidente. A hipótese de falha
mecânica está entre as investigadas.
O ônibus levava um grupo de pessoas para um evento religioso em Santa Catarina. A maioria das vítimas era de União da Vitória. Os corpos foram velados em um ginásio de esportes da cidade e o enterro ocorreu na manhã de hoje.
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