Polícia localiza 164 hectares de área desmatada na Serra da Esperança na divisa com Prudentópolis

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: RPC TV – Imagem: Policia Ambiental 

A Polícia Militar Ambiental encontrou uma área de preservação ambiental de 164 hectares desmatada na Serra da Esperança, entre os municípios de Guarapuava e Prudentópolis, na região central do Paraná, durante uma operação que começou no sábado (12). Segundo a polícia, a vegetação foi retirada para a implantação de uma lavoura no local. O proprietário da área tinha autorização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para explorar parte da floresta nativa de bracatinga, de acordo com a Polícia Ambiental.
Após receber denúncias, as equipes da Polícia Ambiental fizeram o patrulhamento na área desmatada durante o sábado e o domingo (13). Entretanto, a realização da operação só foi divulgada pela polícia na noite de segunda-feira (14). Conforme os policiais, foram desmatados 89 hectares acima do que era permitido. Além disso, no local havia floresta de imbuia e xaxim, que são espécies ameaçadas de extinção e não podem ser exploradas.
Além disso, uma estrada foi aberta em cima de um córrego que passa pelo local desmatado. A lei exige que haja pelo menos 30 metros de mata ciliar de cada lado do rio. A polícia informou, ainda, que foram feitos drenos para escoar os córregos, o que também é proibido.
A Polícia Ambiental coletou provas do desmatamento e vai encaminhar o material para o IAP e para o Ministério Público do Paraná (MP-PR). Depois da conclusão da investigação do MP, o proprietário pode ser multado e preso. Uma pessoa que fazia a guarda da área foi detida em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A pena para quem pratica o crime de desmatamento é de um a três anos de detenção e multa.
O IAP informou, em nota, que ainda não recebeu o boletim de ocorrência por parte da Polícia Ambiental para poder apurar os fatos e a área que está sendo denunciada como desmatada. “Caso seja provado o descumprimento das leis e normas ambientais, o IAP tomará todas as medidas e sanções legais cabíveis no caso”, diz a nota.

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