Em meio a um debate acalorado sobre representatividade e equilíbrio
federativo, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira
(6), projeto de lei complementar que aumenta o número de parlamentares
federais de 513 para 531 a partir da legislatura de 2027. A informação é
da Agência Câmara de Notícias.
O substitutivo do deputado Damião Feliciano (União-PB) ao Projeto de Lei
Complementar 177/23, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), foi
aprovado com o objetivo de adequar a representação política à nova
realidade populacional brasileira, revelada pelo Censo de 2022. A
proposta, no entanto, opta por preservar as bancadas dos estados que
perderiam vagas, contrariando os critérios definidos anteriormente na
Lei Complementar 78/93 e em recente decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF).
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“Estamos a falar de um acréscimo modesto de 3,5%, enquanto a
população nos últimos 40 anos cresceu mais de 40%”, justificou
Feliciano. Para ele, uma redução de cadeiras em determinadas regiões
causaria perda de recursos federais e agravamento das desigualdades
entre os estados. “Perder cadeiras significa perder peso político na
correlação federativa e, portanto, perder recursos”, argumentou.
A
decisão do STF, em agosto de 2023, determinava que o Congresso
atualizasse a distribuição das vagas conforme os dados do último censo,
sob pena de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazê-lo diretamente. O
Pará, que ingressou com a ação, alegava ter direito a mais quatro
deputados desde 2010. A proposta da Câmara, ao ampliar o número total de
cadeiras, dribla a redistribuição imposta pela Corte e mantém intactas
as bancadas de sete estados que, pela regra anterior, perderiam vagas —
entre eles, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.
Com a aprovação do texto, o impacto orçamentário estimado é de R$
64,8 milhões anuais, a partir de 2027. Além dos salários, os novos
deputados também passarão a indicar emendas parlamentares no Orçamento
da União, ampliando o poder de influência política de suas bases.
O
projeto ainda repercute nas assembleias legislativas estaduais, já que o
número de deputados estaduais deve respeitar proporção estabelecida na
Constituição: o triplo da bancada federal, com uma trava mínima de 24 e
máxima de 94 deputados. Isso significa que estados como Amazonas, que
passa de 8 para 10 deputados federais, terão sua assembleia ampliada de
24 para 30 cadeiras.
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Entre os estados beneficiados com mais vagas
estão Pará (+4), Santa Catarina (+4), Amazonas (+2), Ceará (+1), Goiás
(+1), Minas Gerais (+1), Paraná (+1), Rio Grande do Norte (+2) e Mato
Grosso (+2), neste último caso por razões de proporcionalidade. O
relator fez um ajuste específico comparando a população de Mato Grosso,
Rio Grande do Norte e Piauí, concluindo que os dois primeiros não
poderiam ter menos representantes que o último, de menor população.
Para
futuras revisões, o texto aprovado estabelece que a definição do número
de deputados por estado deverá se basear em um sistema de quociente
populacional, semelhante ao adotado nas eleições proporcionais,
respeitando os limites mínimos e máximos já fixados pela Constituição:
entre 8 e 70 deputados por unidade da Federação.
A matéria segue agora para análise do Senado Federal.PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP.
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