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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: DivulgaçãoPor unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (4) tornar réu o senador Sergio Moro (União Brasil) por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes do STF.
Moro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF
pelo crime de calúnia, após um vídeo viralizar mostrando o senador em um
evento social e falando em "comprar um habeas corpus" do magistrado.
Relatora, a ministra Cármen Lúcia entendeu que há elementos para a
abertura de uma ação penal contra o senador. Os ministros Flávio Dino,
Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes seguiram o voto da
relatora.
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A relatora disse ainda que mesmo uma brincadeira não permite ofensa à honra de uma pessoa.
O ministro Flávio Dino lembrou que Mendes votou diversas vezes contra
decisões de Moro e que há uma diferença entre dizer que um juiz é burro e
que um magistrado vende e trai a toga.
Dino afirmou que a retratação feita pelo senador não foi total.
“Examinei a retratação, que deveria ser cabal, e não identifique isso
nos autos. A soma disso me leva a considerar que há suporte empírico
para que a peça atende aos requisitos do Código Penal”, disse.
Agora, Moro vai responder a uma ação penal, quando os ministros vão
decidir se ele será absolvido ou condenado, após a apresentação das
provas. A PGR pediu a perda do mandato do senador. O crime de calúnia é
punido com seis meses a dois anos de prisão.
A defesa de Moro pediu a rejeição da denúncia da PGR alegando que os
fatos analisados não constituem crime. Para os advogados, os fatos
imputados pela PGR não correspondem ao que ocorreu e são fruto de edição
equivocada e maldosa.
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A Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia por calúnia
contra o senador Sergio Moro em abril do ano passado, por conta da fala
contra Gilmar Mendes.
No texto, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pede a
condenação de Moro citando como agravantes que o suposto crime ocorreu
contra funcionário público, na presença de várias pessoas e contra
pessoa com mais de 60 anos.
Segundo a PGR, Moro atribuiu falsamente a prática do crime de corrupção
passiva a Gilmar Mendes com a intenção de macular a imagem e a honra do
ministro, tentando descredibilizar sua atuação.
Lindôra defende ainda que Sergio Moro "não se retratou" após as
declarações que ofenderam e imputaram falsamente fatos criminosos ao
ministro da Corte.
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