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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA – Imagem: Paulo Sava/Rádio Najuá O
Instituto Federal do Paraná (IFPR) decidiu suspender as aulas na
instituição a partir desta quarta-feira, 1º de maio, em todas as
unidades do estado. A decisão foi tomada em reunião do Conselho
Superior (CONSUP) do IFPR, realizada na última quinta-feira, 25, segundo
a diretora do campus de Irati, Patrícia Tiumann.
“Nesta reunião, foi deliberado pela suspensão do calendário acadêmico
a partir do dia 1º de maio, para todas as unidades do IFPR. Nós vamos
continuar fazendo algumas atividades essenciais, mas as aulas ficam
suspensas enquanto durar o período de greve”, frisou.
Servidores da instituição estão em greve desde o dia 25 de março.
Até o último dia 19, 65% dos servidores da instituição haviam aderido à
greve em todo o estado, segundo nota publicada no portal do IFPR. A
assessora de imprensa, Tatiana de Carvalho Duarte, que coordena a greve
em Irati, destacou que os
servidores do campus decidiram não aderir ao movimento logo no início
por acreditarem que isto poderia trazer prejuízos para os alunos,
servidores e professores.
“Entendemos que a greve traz
prejuízos para os alunos, professores e servidores, então aguardamos um
pouco mais para aderir.
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Porém, no dia 22 de abril, os técnicos
administrativos entenderam que era hora de aderir ao movimento, e a
partir desta data, os técnicos entraram em greve e, aos poucos, alguns
docentes foram entrando no movimento, até que agora, com esta normativa
do CONSUP, todo mundo entra em calendário suspenso a partir do dia 1º de
maio”, comentou.
Segundo
Tatiana, nos últimos 10 anos, os funcionários e professores do IFPR
passaram por um período de estagnação dos salários, ou seja, o reajuste
aos servidores foi mais baixo que a inflação registrada no período.
“De
2014 a 2024, houve uma inflação em torno de 105%, acumulada durante
estes 10 anos. O nosso reajuste foi de 20%. É importante que a população
entenda que o salário do servidor federal não é atrelado a nenhuma
data-base. Então, o salário mínimo, por exemplo, todo ano tem um
reajuste, mas o nosso não tem reajuste e nem data-base: o reajuste que
nós conseguimos é sempre através da ferramenta da greve. Então, frente a
uma inflação acumulada de quase 105%, nosso salário, durante os últimos
10 anos foi de 20%. O que nós estamos pedindo agora é uma
reestruturação da carreira dos técnicos administrativos e também um
reajuste salarial para equiparar com todo este período de inflação que
sofremos durante estes anos”, comentou Tatiana.
Negociações e propostas
Funcionários
dos Institutos e das universidades federais e tecnológicas estão
participando de diversas mesas de negociações com o Governo Federal para
tentar resolver o impasse que envolve o reajuste salarial e a
reestruturação da carreira dos servidores, segundo Patrícia.
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“Estão acontecendo mesas de negociação e as propostas estão sendo
analisadas por ambas as partes, mas por enquanto não conseguimos
resolver esta situação e ter uma finalização deste processo de
negociação. Por isto, há intensificação da greve e a suspensão do
calendário acadêmico”, frisou.
Ano letivo
De acordo com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB nº 9394/1996), os alunos precisam ter 200 dias de
aula por ano. Por conta disso, Patrícia garantiu que as aulas serão
repostas de acordo com o tempo que durar a greve e a suspensão do
calendário.
“A partir do momento em que é suspenso o calendário
acadêmico, quando nós retomarmos as atividades de aula, todos os dias
serão repostos para que se completem os 200 dias. Ter uma medida de
suspensão de calendário é manter a qualidade de ensino ofertada pelo
IFPR e garantir que os estudantes terão depois acesso a todos os
conteúdos, à carga horária das disciplinas e aos dias letivos., e é este
o nosso compromisso com os estudantes”, frisou.
Todos os alunos
foram informados pela direção sobre a suspensão do calendário. A greve
deve durar por tempo indeterminado. Porém, a intenção dos grevistas é de
que o movimento termine o mais rápido possível e que as reivindicações
sejam ouvidas e atendidas, segundo Tatiana.
“Sabemos que greve é
sempre um prejuízo para todo mundo, não gostamos dela e não é algo que
gostaríamos de estar fazendo agora. Porém, sentimos neste governo uma
abertura boa para o diálogo, e entendemos que, se não fizéssemos esta
discussão com o Governo Federal neste momento, não teríamos outra
oportunidade. Como eles foram muito abertos para conversar conosco e
negociar, todas as negociações que estão sendo feitas são dignas, estão
sendo feitas entre representantes do Governo e da nossa base, estamos
chegando em um momento de negociação favorável. Entendemos que, como
outros órgãos também estavam em período de negociação, é nosso momento
de negociar”, declarou.
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Tatiana citou como exemplos de reajustes fornecidos recentemente pelo
Governo Federal o caso de funcionários do Ministério do Meio Ambiente,
que têm um teto de remuneração na casa de R$ 16, 8 mil, que receberam
30% de reajuste. Com isso, o teto passou para pouco mais de R$ 21, 8
mil. Já os servidores do Banco Central tiveram um reajuste de 23%,
passando a receber até R$ 31 mil. De acordo com Tatiana, funcionários da
Educação também querem reajuste. Ela detalhou como estão evoluindo as
negociações.
“O que foi negociado até agora foi um reajuste de 9%
para 2025 e de 3,5% para 2026, que dá um total de 12,5%, bem abaixo do
reajuste que o Governo tem dado para outros órgãos. Entendemos que, como
o Governo nos deu esta abertura de diálogo e que outros órgãos estão
conseguindo reajustes consideráveis, é o momento de batalhar pela nossa
carreira e pelo nosso reajuste”, afirmou.
Patrícia
destacou que a melhoria nas condições salariais e de trabalho dos
servidores poderá se refletir na qualidade de ensino da instituição. “A
Tatiana apresentou os valores de outras categorias, mas a dos técnicos
administrativos em educação é uma das que têm os menores salários do
Executivo. Estamos sofrendo uma perda muito grande de técnicos, tendo
dificuldades para que as pessoas façam concurso e queiram trabalhar com a
área da educação. Aqueles que estão trabalhando conosco estão fazendo
concursos e indo para outras áreas, por conta desta defasagem nos
salários. É o momento de lutarmos para que tenhamos profissionais
altamente capacitados, que continuem trabalhando conosco para que
continuemos ofertando uma educação que seja pública, gratuita e de
qualidade para a população de Irati e região”, afirmou.
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