quarta-feira, 1 de maio de 2024

IFPR suspenderá aulas a partir desta quarta-feira

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA Imagem: Paulo Sava/Rádio Najuá
O Instituto Federal do Paraná (IFPR) decidiu suspender as aulas na instituição a partir desta quarta-feira, 1º de maio, em todas as unidades do estado.
A decisão foi tomada em reunião do Conselho Superior (CONSUP) do IFPR, realizada na última quinta-feira, 25, segundo a diretora do campus de Irati, Patrícia Tiumann.
“Nesta reunião, foi deliberado pela suspensão do calendário acadêmico a partir do dia 1º de maio, para todas as unidades do IFPR. Nós vamos continuar fazendo algumas atividades essenciais, mas as aulas ficam suspensas enquanto durar o período de greve”, frisou.
Servidores da instituição estão em greve desde o dia 25 de março. Até o último dia 19, 65% dos servidores da instituição haviam aderido à greve em todo o estado, segundo nota publicada no portal do IFPR. A assessora de imprensa, Tatiana de Carvalho Duarte, que coordena a greve em Irati, destacou que os servidores do campus decidiram não aderir ao movimento logo no início por acreditarem que isto poderia trazer prejuízos para os alunos, servidores e professores.
“Entendemos que a greve traz prejuízos para os alunos, professores e servidores, então aguardamos um pouco mais para aderir. 
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Porém, no dia 22 de abril, os técnicos administrativos entenderam que era hora de aderir ao movimento, e a partir desta data, os técnicos entraram em greve e, aos poucos, alguns docentes foram entrando no movimento, até que agora, com esta normativa do CONSUP, todo mundo entra em calendário suspenso a partir do dia 1º de maio”, comentou.
Segundo Tatiana, nos últimos 10 anos, os funcionários e professores do IFPR passaram por um período de estagnação dos salários, ou seja, o reajuste aos servidores foi mais baixo que a inflação registrada no período.
“De 2014 a 2024, houve uma inflação em torno de 105%, acumulada durante estes 10 anos. O nosso reajuste foi de 20%. É importante que a população entenda que o salário do servidor federal não é atrelado a nenhuma data-base. Então, o salário mínimo, por exemplo, todo ano tem um reajuste, mas o nosso não tem reajuste e nem data-base: o reajuste que nós conseguimos é sempre através da ferramenta da greve. Então, frente a uma inflação acumulada de quase 105%, nosso salário, durante os últimos 10 anos foi de 20%. O que nós estamos pedindo agora é uma reestruturação da carreira dos técnicos administrativos e também um reajuste salarial para equiparar com todo este período de inflação que sofremos durante estes anos”, comentou Tatiana.
Negociações e propostas 
Funcionários dos Institutos e das universidades federais e tecnológicas estão participando de diversas mesas de negociações com o Governo Federal para tentar resolver o impasse que envolve o reajuste salarial e a reestruturação da carreira dos servidores, segundo Patrícia. 
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“Estão acontecendo mesas de negociação e as propostas estão sendo analisadas por ambas as partes, mas por enquanto não conseguimos resolver esta situação e ter uma finalização deste processo de negociação. Por isto, há intensificação da greve e a suspensão do calendário acadêmico”, frisou.
Ano letivo 
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9394/1996), os alunos precisam ter 200 dias de aula por ano. Por conta disso, Patrícia garantiu que as aulas serão repostas de acordo com o tempo que durar a greve e a suspensão do calendário.
“A partir do momento em que é suspenso o calendário acadêmico, quando nós retomarmos as atividades de aula, todos os dias serão repostos para que se completem os 200 dias. Ter uma medida de suspensão de calendário é manter a qualidade de ensino ofertada pelo IFPR e garantir que os estudantes terão depois acesso a todos os conteúdos, à carga horária das disciplinas e aos dias letivos., e é este o nosso compromisso com os estudantes”, frisou.
Todos os alunos foram informados pela direção sobre a suspensão do calendário. A greve deve durar por tempo indeterminado. Porém, a intenção dos grevistas é de que o movimento termine o mais rápido possível e que as reivindicações sejam ouvidas e atendidas, segundo Tatiana.
“Sabemos que greve é sempre um prejuízo para todo mundo, não gostamos dela e não é algo que gostaríamos de estar fazendo agora. Porém, sentimos neste governo uma abertura boa para o diálogo, e entendemos que, se não fizéssemos esta discussão com o Governo Federal neste momento, não teríamos outra oportunidade. Como eles foram muito abertos para conversar conosco e negociar, todas as negociações que estão sendo feitas são dignas, estão sendo feitas entre representantes do Governo e da nossa base, estamos chegando em um momento de negociação favorável. Entendemos que, como outros órgãos também estavam em período de negociação, é nosso momento de negociar”, declarou.
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Tatiana citou como exemplos de reajustes fornecidos recentemente pelo Governo Federal o caso de funcionários do Ministério do Meio Ambiente, que têm um teto de remuneração na casa de R$ 16, 8 mil, que receberam 30% de reajuste. Com isso, o teto passou para pouco mais de R$ 21, 8 mil. Já os servidores do Banco Central tiveram um reajuste de 23%, passando a receber até R$ 31 mil. De acordo com Tatiana, funcionários da Educação também querem reajuste. Ela detalhou como estão evoluindo as negociações.
“O que foi negociado até agora foi um reajuste de 9% para 2025 e de 3,5% para 2026, que dá um total de 12,5%, bem abaixo do reajuste que o Governo tem dado para outros órgãos. Entendemos que, como o Governo nos deu esta abertura de diálogo e que outros órgãos estão conseguindo reajustes consideráveis, é o momento de batalhar pela nossa carreira e pelo nosso reajuste”, afirmou.
Patrícia destacou que a melhoria nas condições salariais e de trabalho dos servidores poderá se refletir na qualidade de ensino da instituição. “A Tatiana apresentou os valores de outras categorias, mas a dos técnicos administrativos em educação é uma das que têm os menores salários do Executivo. Estamos sofrendo uma perda muito grande de técnicos, tendo dificuldades para que as pessoas façam concurso e queiram trabalhar com a área da educação. Aqueles que estão trabalhando conosco estão fazendo concursos e indo para outras áreas, por conta desta defasagem nos salários. É o momento de lutarmos para que tenhamos profissionais altamente capacitados, que continuem trabalhando conosco para que continuemos ofertando uma educação que seja pública, gratuita e de qualidade para a população de Irati e região”, afirmou.

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