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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: DivulgaçãoUm casal de empresários identificados como Ricardo Helal, de 72 anos, e
Evandra Roso, de 47 anos, foram indiciados pela Polícia Civil (PC-PR),
suspeitos de torturar e extorquir um homem, de 42 anos.
Segundo a polícia, o caso aconteceu em 2021, em Curitiba, e a sessão de tortura foi filmada. As imagens são fortes, por conta disso, o g1 optou por borrá-las.
O inquérito foi concluído na terça-feira (23). O casal também foi
indiciado por corrupção de menores, porque as agressões aconteceram na
frente do filho deles, na época com 14 anos.
As investigações apontam que o casal incentivou o adolescente a
ameaçar, quebrar o braço e mexer no celular da vítima para procurar bens
ou algo de valor. O vídeo mostra também que o jovem tinha um punhal na
cintura.
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A defesa disse que o casal passou a ser perseguido e ameaçados de morte e que "provarão que são inocentes".
As investigações iniciaram em 2023, após a polícia apreender o celular
de Evandra em uma operação que investigava a adulteração em postos de
combustíveis.
O casal é dono de uma rede de postos de combustíveis e Evandra também é advogada.
Na operação, os policiais analisaram os celulares e encontraram os
vídeos de tortura contra o homem, que vendia balcões refrigerados.
A Polícia Civil disse que um dos balcões foi encomendado por Ricardo e
que ele teria percebido que o empresário não possuía uma loja física,
apenas loja virtual e, por isso, ficou com medo de ser um golpe.
A partir disso, chamou o vendedor no escritório de advocacia de Evandra. No local, a vítima foi submetida à cárcere privado.
O casal ameaçou atear fogo na vítima e a extorquiram, ainda conforme a polícia.
Segundo as investigações, a vítima foi torturada de forma física e
psicológica e coagida a pagar mais de R$ 15 mil por uma suposta não
entrega de balcões refrigerados para um dos estabelecimentos de Ricardo.
De acordo com o delegado Cássio Conceição, responsável pelas
investigações, o casal obrigou também a vítima a assinar confissões de
dívidas, sendo uma delas no valor de R$ 100 mil.
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"Por cerca de 2 horas e meia torturaram esse empresário. Esse
empresário, na razão dessa tortura, assinou uma confissão de dívida no
valor de R$ 180 mil, apanhou bastante ali dentro do escritório e, ao
final, o empresário, em razão desta extorsão, deu R$ 20 mil pro casal.
Um valor que era totalmente indevido", disse o delegado.
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que, até a publicação
desta reportagem, não foi notificada sobre o caso, mas que vai apurar os
fatos.
De acordo com a polícia, há 55 processos criminais contra o Ricardo, além de 15 inquéritos policiais.
"Ele costuma constranger os funcionários a assinarem documentos. Ele
foi intimado diversas vezes e utiliza da condição de saúde para
dificultar cumprimento das medidas legais", explicou Conceição.
A corporação afirmou ainda que o casal ameaçou policiais militares e
são investigados também por falsidade de atestado médico, uso de
documento falso e fraude processual.
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