Um dia depois de o governo anunciar novas medidas nas fronteiras
brasileiras para conter a variante Ômicron do coronavírus, o presidente
Jair Bolsonaro reiterou na manhã desta quarta-feira que não pretende
exigir o chamado “passaporte da vacina” no Brasil. “Jamais vou exigir
passaporte da vacina de vocês. Imaginem se tivesse o Haddad no meu
lugar”, declarou o chefe do Executivo a apoiadores em frente ao Palácio
da Alvorada, referindo-se ao adversário do PT na última disputa
presidencial.
Os
ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno
Bianco (Advocacia-Geral da União) informaram ontem um novo protocolo
para entrada no País, que deve ser formalizado em portaria a ser
publicada ainda nesta quarta-feira.
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Pelas
novas regras, quem não se imunizou contra a covid-19 deverá fazer
quarentena de cinco dias e só deixará isolamento após um teste RT-PCR
negativo. Quem se vacinou está dispensado do isolamento. Todos os
viajantes, porém, devem apresentar um RT-PCR negativo feito 72 horas ou
teste de antígeno feito 24 horas para entrar em território nacional.
Não
ficou claro, contudo, como será feito o controle dos vacinados e não
vacinados. Os ministros se recusaram a responder perguntas dos
jornalistas presentes no pronunciamento e evitaram falar em “passaporte
da vacina” ao longo da explanação, justamente para evitar um desconforto
com Bolsonaro, avesso a medidas restritivas de controle da pandemia.
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