By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RIC MAIS – Imagem: DivulgaçãoO Ministério da Saúde discute distribuir gratuitamente um kit covid-19 no programa Farmácia Popular.
A ideia é reembolsar os estabelecimentos conveniados todo o valor de
sulfato de hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina retirados por
pacientes de covid-19.
Embora não haja comprovação da eficácia sobre o uso destes medicamentos contra o novo coronavírus, o tratamento tornou-se aposta do governo Jair Bolsonaro.
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De acordo com a Agência Estado, desde julho a Saúde estuda a
possibilidade de viabilizar o kit covid gratuitamente no programa
Farmácia Popular. Neste formato, a ideia é que haja prescrição médica
para retirar o kit.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, defende o uso da cloroquina no
tratamento da doença. Após dois ministros deixarem a pasta (Luiz
Henrique Mandetta e Nelson Teich) por divergências sobre a aposta no
medicamento, coube ao general aprovar nova orientação da Saúde sobre o
combate à covid-19, que estimula o uso, desde os primeiros sintomas da
doença, de hidroxicloroquina ou cloroquina, associadas ao antibiótico
azitromicina.
Kit covid: tabela de preços definida pelo governo federal
Segundo a tabela de preços definida pelo governo federal, o kit custa R$ 25 com
dez comprimidos de sulfato de hidroxicloroquina 400 mg, medicamento
indicado na bula para artrite reumatoide, lúpus e malária.
Já dez comprimidos do antibiótico azitromicina 500
mg valem R$ 35. Enquanto caixas com dois comprimidos do vermífugo
ivermectina 6 mg custam R$ 15. Os valores consideraram alíquotas de ICMS
cobradas em São Paulo.
Procurado, o Ministério da Saúde reconheceu que avalia incluir o tratamento no Farmácia Popular.
Além disso, conforme o Estadão, representantes destes conselhos dizem
que ainda não foram informados sobre a ideia de alteração do programa.
Reservadamente, conselheiros afirmam que não devem aprovar a proposta.
Para o professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e primeiro
presidente da Anvisa, o médico Gonzalo Vecina, revela “ignorância” o
estudo sobre a inclusão do kit covid no Farmácia Popular.
Vecina ainda afirma que o programa reduz significativamente mortes e internações por doenças crônicas.
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As discussões sobre inclusão de medicamentos no Farmácia Popular foram feitas em paralelo a estudos da equipe econômica do governo para extinguir o programa.
A ideia de auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, era usar
o orçamento de cerca de R$ 2,5 bilhões para ajudar a tirar do papel o
Renda Brasil, projeto que deveria substituir o Bolsa Família, mas foi
enterrado pelo presidente Bolsonaro nesta terça-feira.
O ministro Pazuello disse a auxiliares que acabar com o programa era um boato e jamais chegou à sua mesa.
Na avaliação do general, o Farmácia Popular é “estratégico” ao
Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados do governo, mais de 21,3
milhões de pacientes foram atendidos pelo Farmácia Popular em 2019.
O orçamento do Farmácia Popular, hoje, é destinado a reembolsar farmácias credenciadas em cerca de 80% dos municípios do Brasil pela venda de 35 produtos.
São 20 fármacos gratuitos, como os de diabete e hipertensão. Os
descontos também se aplicam a contraceptivos e fraldas geriátricas.
Em 2010, o programa chegou a oferecer gratuitamente o fosfato de
oseltamivir, remédio contra a gripe H1N1. A droga tinha eficácia
comprovada para tratar a pandemia da época. Comprimidos foram entregues à
rede própria do Farmácia Popular, que foi extinta no governo Michel
Temer.
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