By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação
Aos
16 anos, Sabrina Pasterski se tornou a pessoa mais jovem a construir,
certificar como aeronavegável e pilotar seu próprio avião. A então adolescente
do subúrbio de Chicago, nos Estados Unidos, vinha de uma trajetória de sete
anos em busca do seu sonho: começou a voar com 9 anos, com 10 comprou um
carrinho de reconstrução, para treinar montar e desmontar um motor de avião, e
aos 12 comprou um kit para construir seu próprio monomotor (ela chegou a fazer
mais de 300 modificações no design original).Foram dois anos dedicados ao
avião, que ficou pronto em 2007, mas só pode ser pilotado por Sabrina em
2009.Também em 2009, a adolescente se inscreveu para o MIT (Massachusetts
Institute of Technology), uma das mais importantes instituições de ensino
superior do mundo. Apesar do currículo invejável, ela foi recusada e entrou
para a lista de espera. Um mês depois, foi a vez de Harvard rejeitar a norte-americana.
Mas a
derrocada durou pouco. Com a ajuda de um Nobel do MIT, de um vencedor da
medalha Guggenheim (importante condecoração da aeronáutica) e de um secretário
aposentado da Força Aérea dos Estados Unidos, Sabrina foi convocada da lista de
espera do MIT em maio de 2010.
Mulher em destaque
Em
2013, ela se tornou a primeira mulher em duas décadas a se formar entre os
melhores da turma de física. E ela fez isso em três anos, e obteve a nota final
máxima do MIT (5 de 5). Na sequência, Sabrina se qualificou com nota máxima
para um PhD em Harvard. Impressionados com a sua mente e seu trabalho, seus
professores a batizaram de a "nova Einstein".
O
reconhecimento não para por aí. Sabrina já foi citada por Stephen Hawking em
2016, além de ter ganhado diversas premiações e bolsas de estudo, como a Hertz
Foundation Fellow (2015) e o MIT Physics Rising Star (2016), e um convite para
o encontro anual do Lindau Nobel Laureate (2016). Também foi escolhida como uma
das 30 personalidades com menos de 30 anos pela revista americana Forbes na
edição deste ano da premiação.
Ao lado de Hawkings e Einstein
Hoje,
aos 23 anos, Sabrina segue um caminho bastante parecido com o que cientistas de
peso, como os próprios Hawking e Einstein, fizeram no início de carreira. Ela
estuda um dos assuntos mais complexos e desafiadores da física: buracos negros
e a natureza da gravidade e do espaço-tempo.
Seu
enfoque está na compreensão da gravidade quântica, área que procura explicar o
fenômeno da gravidade dentro da mecânica quântica. Novas descobertas nessa área
podem mudar muito nosso entendimento de como o universo funciona.
Aos
pedidos de imprensa que batem à porta, Sabrina já tem uma resposta pronta
(publicada em seu site pessoal Physicsgirl): "Sou apenas uma
universitária. Tenho muito a aprender. Não mereço a atenção".
Ao declinar o pedido do UOL, a física reforçou:
"Preciso realizar algo na física antes de dar mais entrevistas".
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