domingo, 14 de fevereiro de 2016

Mulher faz ‘jejum’ de WhatsApp como penitência para a Quaresma

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Adonias Silva (G1)

Em tempos em que se comunicar usando a internet em aparelhos celulares faz parte do cotidiano da maioria da população, deixar de usar aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, por exemplo, é um verdadeiro sacrifício.  Com a intenção de renovar o espírito, em Santarém, no oeste paraense, a dona de casa Raimunda Girlene Picanço, de 41 anos decidiu abster-se do app durante a Quaresma - um dos períodos mais importantes para a fé, segundo os cristãos católicos. O momento representa um tempo de conversão, silêncio, oração, penitência e jejum.
Integrante do Movimento de Cursilho de Cristandade (MCC) Raimunda faz ‘jejuns’ neste período há 14 anos. Segundo ela, desde a Quarta-feira de Cinzas a rede social não faz parte da lista de aplicativos do celular dela. Ela conta que passava o dia conectada. “Eu fico trocando mensagens com o grupo de orações da comunidade católica que participo, com familiares e também amigos”.
Para a dona de casa, essa atitude significa a libertação espiritual para encontro de uma vida mais próxima de Deus. “A vida da gente é feita de escolhas. Durante esses catorze anos eu me abstenho de alguma coisa na Quaresma e na Semana Santa. Este ano optei ficar sem o aplicativo por quarenta e sete dias. Isso é uma forma de mostrar para o meu celular que sou eu e não ele quem me domina. Hoje o celular é um vício muito grande. Então as pessoas que me amam vão passar um ‘torpedão’ ou vão ligar para mim. Eu sempre falo que depois que inventaram o WhatsApp, ligação é uma grande prova de amor”, revela.
Raimunda é casada e tem um filho de 17 anos. Desde criança se dedica as obras da igreja. Este ano além de cumprir a penitência, o dinheiro que iria gastar com pacotes adicionais e recargas de internet móvel no celular, decidiu guardar para ajudar nas ações da Campanha da Fraternidade 2016.
Ao longo dos anos que se dedicou a praticar o jejum, garante que foram muitas as bênçãos alcançadas por meio do sacrífico. “Eu recebi e recebo muitas graças na minha vida. Uma das graças muito grande foi há um tempo quando eu fiquei muito doente, peguei uma infecção renal muito forte, sofria com muitas dores, passei pelo vale da sombra da morte, até o médico achava que eu iria morrer. Mas durante o período que eu sentia muita dor, muita febre, eu sentia muito forte a presença de Deus em minha vida e ele me deu uma nova chance de viver, ou seja, eu ainda tenho uma missão a cumprir”, conta.

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