A demora na liberação do empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) obrigou o Atlético a buscar outra alternativa para obter recursos e não interromper as obras de adequação da Arena para a Copa do Mundo de 2014. Pressionada pelo tempo e pelo banco estatal, a CAP/SA – sociedade anônima responsável por tocar o projeto – solicitou R$ 30 milhões ao poder público. A informação foi dada pelo presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, em reunião nesta quarta-feira (4) com a Comissão Especial da Copa da Câmara de Vereadores.Esse montante será repassado via Fomento Paraná - agência ligada ao governo estadual - e garantido pelo potencial construtivo do pacote acertado anteriormente pelo poder público com o clube. O projeto de lei que tratou da transação, em outubro de 2010, previa R$ 90 milhões na forma dos créditos imobiliários.Valor que, de lá para cá, valorizado e corrigido, seria o suficiente para garantir o empréstimo do BNDES de R$ 138 milhões, junto com o CT do Caju, além desse novo montante pedido pelo clube. A quantia exata, no entanto, não é confirmada.A reforma da Baixada para o Mundial está orçada em R$ 184 milhões. O BNDES tem permissão para financiar apenas 75% (correspondente aos R$ 138 milhões). Ficou decidido que o restante – aproximadamente R$ 46 milhões – seria dividido entre os três participantes da empreitada: Atlético, governo estadual e prefeitura municipal. “O BNDES quer que sejam gastos antes os 25% que o banco não financia da obra (em torno de R$ 46 milhões). O Atlético já investiu os seus R$ 15 milhões, em projetos, etc. Há a necessidade de o estado e o município comparecerem com a sua cota”, declarou Petraglia. Em seguida, o dirigente atleticano tratou da venda posterior dos títulos do potencial construtivo, para quitar a dívida com a Fomento Paraná (a agência também repassará o empréstimo do BNDES). “Há uma preocupação de não levar todo o potencial ao mercado, pois não sabemos qual será a reação. Nós vamos comercializar aos poucos, dependendo de como será recebido”, disse. Matéria publicada nesta quarta-feira pela Gazeta do Povo mostra que em 2011 a comercialização de títulos do potencial construtivo em Curitiba rendeu cerca de R$ 70 milhões. Sobre a lentidão da liberação da verba pelo banco estatal, Petraglia pareceu resignado. “A administração anterior [do Atlético] não tomou as providências e, infelizmente, o tempo tem de ser aquele necessário. O enquadramento já houve, estamos redigindo o contrato. Entre 30 e 60 dias estará resolvido”, comentou.Apesar dos obstáculos, o presidente rubro-negro segue garantindo que em março de 2013 a Arena será inaugurada nos padrões do caderno de encargos da Fifa. “O nosso cronograma está mantido. É factível e será realizado dentro da normalidade.”
By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: André Pugliesi (Gazeta do Povo) – Imagem: Divulgação
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