Um ônibus cedido pela prefeitura de Fernandes Pinheiro foi apreendido no
último fim de semana no Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária
Federal de Medianeira/PR. O veículo foi usado por alguns moradores da
localidade de Angaí, interior de Fernandes Pinheiro, para realizar uma
excursão ao Paraguai. A apreensão ocorreu no sábado e a abertura
do veículo (retirada do lacre) foi agendada para quarta-feira, dia 18.
Para saber mais detalhes sobre o caso a reportagem da Najuá, entrou em
contato com a Receita Federal de Foz do Iguaçu. Segundo o
auditor Fiscal do órgão, Ivair Luis Hoffmann após a verificação
entendeu-se que não havia como responsabilizar o condutor do veículo e a
própria prefeitura que cedeu o veículo. “A Receita Federal optou por
fazer a liberação do ônibus. Se a situação tivesse sido um pouquinho
mais grave, ou seja, se fossem mercadorias com um valor mais alto que
configurasse descaminho poderia ter ocorrido à apreensão desse ônibus.
Além disso, poderia ter sido aplicada uma multa de R$ 15 mil que está
prevista na legislação. No entanto, isso não aconteceu neste caso”,
explica. De acordo com Hoffmann, a retenção do veículo deu-se em
função que não havia sido feita a identificação dos passageiros (lista
de passageiros) uma das obrigações para qualquer transportador. Outro
item que precisou ser fiscalizado foi à própria bagagem dos passageiros.
“Muitas vezes pode haver situações de tráfico de drogas ou outras
situações ilícitas. Então é necessário que a empresa responsável por
essa atividade possa identificar quem é a pessoa que está portando essas
mercadorias”, afirma o auditor fiscal. Hoffmann explica que
esse procedimento faz parte de uma verificação padrão para fins
administrativos e criminais. “A Receita Federal na região de Foz do
Iguaçu costuma atuar de maneira bastante padrão. Os ônibus que são
abordados é feito uma verificação inicial e quando acontece a
constatação de que há irregularidades esse veículo costuma ser levado
para o pátio da receita federal em Foz do Iguaçu. Depois disso, é feita a
lacração para verificação posteriormente”, comenta.
Irregularidades dos passageirosQuanto
às irregularidades, Hoffmann explicou que algumas pessoas ultrapassaram
a cota estabelecida pela legislação (300 dólares) em relação à compra
de mercadorias no Paraguai. “Algumas pessoas não tinham pagado o
imposto, outras estavam em excesso de conta. Nestes casos foram
apreendidas essas mercadorias que somaram em torno de 1.500 dólares. Não
foram apreensões elevadas, mas que caracterizaram cometimento de
situações ilícitas dessas pessoas”, reiterou Hoffmann.
Sanções para a prefeituraSobre
as possíveis sanções ou penalidades que o prefeito Nei Renê Schuck ou a
prefeitura de Fernandes Pinheiro poderá sofrer, Hoffmann afirmou que
essa decisão cabe a Câmara de Vereadores ou qualquer cidadão que venha
questionar se o ônibus foi utilizado para outros fins, que não foram em
benefício da população, como por exemplo, com transporte escolar ou para
o setor de saúde. Hoffmann disse que a possibilidade de ser
proposta uma ação civil pública ou de improbidade administrativa contra
Schuck só seria concretizada se os impostos devidos ultrapassem R$ 10
mil. “Depende muito do Procurador, mas normalmente o Ministério
Público tem protocolado ação quando os impostos devidos são maiores de
R$ 10 mil, que neste caso não se enquadraria. No entanto, em tese todas
essas pessoas estão cometendo o delito de descaminho que se sujeita a
ação penal”, revela.
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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rodrigo Zub (Radio Najua)
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