terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Catadores de material reciclável querem ser incluídos no regime geral de previdência social


Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis reivindica inclusão no regime geral da Previdência Social. Eles participaram de audiência da Comissão de Legislação Participativa, a pedido do deputado Leonardo Monteiro, do PT de Minas Gerais. O coordenador do Fórum Estadual Lixo e Cidadania, de Minas Gerais, defende o reconhecimento da categoria, que existe há 60 anos e tem 800 mil trabalhadores no país. Segundo José Aparecido Gonçalves, somente em Belo Horizonte, os catadores recolhem 1.100 toneladas por mês, enquanto as empresas de lixo retiram 300 toneladas e recebem R$ 65 mil pelo serviço. José Aparecido Gonçalves ressaltou que os catadores sobrevivem sem o apoio das políticas sociais, exceto os trabalhadores cooperados. "Os catadores até 20 anos atrás eram confundidos com mendigos, como marginais, nos contextos urbanos. À medida que eles foram se organizando, foram se evidenciando também enquanto trabalhadores. Hoje, a grande reivindicação deles é que sejam tratados enquanto trabalhadores, porque eles têm consciência de que o trabalho deles serve de grande economia para os cofres públicos, é um grande instrumento de preservação ambiental porque aquilo que iria, até há muito pouco tempo, para o aterro controlado pelos lixões a céu aberto, hoje é separado e triado por esses trabalhadores e vira uma nova matéria-prima virgem. E a grande maioria desses trabalhadores não sobrevivem dos programas compensatórios do governo federal. Eles sobrevivem da produção do seu próprio trabalho."  Para José Aparecido, é justo que o Estado reconheça os catadores, independentemente de terem ou não contribuído para a Previdência.
Texto: Radio Câmara
Programa: Cidade Noticias (12:00 as 13:00 hrs) Radio Cidade – www.cidade104fm.com.br

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