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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REDE TV – Imagem: DivulgaçãoO Ministério Público do Paraná (MPPR) recorreu para derrubar a decisão que concedeu prisão domiciliar
ao ex-policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, condenado pelo
assassinato do guarda municipal e ex-tesoureiro do PT estadual Marcelo
Aloizio de Arruda, em 2022.
Na sexta-feira (14), Guaranho deixou a prisão após ser condenado a 20
anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Curitiba. O ex-policial penal
cumpria prisão domiciliar e foi preso na quinta-feira (13) após o
julgamento.
O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff,
do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). O magistrado concordou com
argumentos da defesa e decidiu que Guaranho vai voltar para a prisão
domiciliar e usar tornozeleira eletrônica.
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Os advogados alegaram que Jorge Guaranho tem problemas de saúde e
deve continuar em prisão domiciliar. Segundo a defesa, o condenado
também foi alvejado por tiros no dia do crime e espancado, sendo
necessário o tratamento médico das lesões.
Recurso
No recurso apresentado nesta segunda-feira (17) à Primeira Câmara
Criminal, o MP afirma que Jorge Guaranho tem "alto grau de belicosidade"
e deve ficar preso com base na decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) que determina a soberania dos vereditos do Tribunal do Júri.
Os promotores também disseram que o tratamento médico pode ser realizado no estabelecimento prisional.
"Não se constata que o paciente esteja extremamente debilitado – como
se observa dos vídeos veiculados na mídia que captaram sua entrada e/ou
saída do fórum, bem como do vídeo de seu interrogatório em plenário –
ou impossibilitado de receber atendimento no estabelecimento prisional”,
sustenta o MP.
O crime ocorreu em julho de 2022, no município paranaense de Foz do Iguaçu, em meio à campanha eleitoral.
De acordo com as investigações, Guaranho se dirigiu à festa de
temática petista na qual Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50
anos e fez provocações de cunho político, tocando, em alto volume,
músicas em alusão ao então presidente Jair Bolsonaro.
Após o início de uma discussão, houve troca de tiros entre os
dois, e Arruda foi morto. Guaranho ficou ferido durante a troca de
tiros e foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um
hospital de Foz do Iguaçu.
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Após se recuperar, ele foi preso e denunciado pelo Ministério Público
por homicídio duplamente qualificado. Produção de perigo e motivo fútil
foram as qualificadoras usadas pelos promotores para embasar a
denúncia.
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