Os ex-comandantes do Exército general Freire Gomes e da Aeronáutica brigadeiro Baptista Junior relataram à Polícia Federal que, em reuniões com Jair Bolsonaro (PL) e aliados, foram discutidas hipóteses de manutenção do ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022. 
Segundo depoimento de Baptista Junior à PF, em um encontro no Palácio da Alvorada, Bolsonaro teria sugerido atentar contra o regime democrático por meio de instrumentos previstos na Constituição, como decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de Estado de Defesa ou de Estado de Sítio.  
 Já Freire Gomes disse que, em uma reunião no Alvorada, um ex-assessor de Bolsonaro teria lido o conteúdo de uma minuta golpista. E que o ex-presidente teria dito que o documento estava em "estudo". 
  A minuta previa instaurar um Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e "apurar a conformidade e legalidade do processo eleitoral" de 2022, no qual Bolsonaro foi derrotado por Lula. 
  Enquanto isso, em manifestações nas ruas, apoiadores de Bolsonaro invocavam o artigo 142 da Constituição Federal. 
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  Previstos na Constituição, esses mecanismos não respaldam uma tentativa de ruptura democrática com a manutenção de um presidente no poder. 
O que é Estado de Defesa?
O Estado de Defesa é decretado para preservar ou restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social, quando estas forem: 
- ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional
 - atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza
 
 O decreto de Estado de Defesa determinará o seu tempo de duração, 
especificará as áreas abrangidas e indicará medidas que poderão ser 
adotadas, como restrições aos direitos de: 
 - reunião
 - sigilo de correspondência
 - sigilo de comunicação
 
 Também é prevista a ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos pelo governo, na hipótese de calamidade pública. 
 Para decretar o Estado de Defesa, o presidente deve ouvir os Conselhos da República e de Defesa Nacional. 
  O Estado de Defesa não necessita de autorização do Congresso Nacional, mas precisa ser confirmado pelo Legislativo. 
 
 Uma vez decretado o Estado de Defesa, o presidente da República, dentro
 de 24 horas, precisa submeter o ato com a respectiva justificação ao 
Congresso Nacional, que decidirá, por maioria absoluta, se o ratifica. 
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 O que é Estado de Sítio?
O Estado de Sítio pode ser decretado em caso de: 
- comoção grave de repercussão nacional;
 - ineficácia comprovada de medida tomada durante Estado de Defesa; ou
 - de declaração de estado de guerra ou resposta a uma agressão armada estrangeira.
 
 Para decretá-lo, o presidente precisa solicitar autorização ao Congresso Nacional. Para aprovação do Estado de Sítio, é necessário o apoio da maioria absoluta do Legislativo. 
  O prazo do Estado de Sítio, no caso de comoção grave ou de ineficácia de medida tomada em Estado de Defesa, é de 30 dias, podendo ser prorrogado outras vezes pelo mesmo período. 
  No caso de guerra, ou de agressão estrangeira, poderá durar até o fim da guerra ou da agressão. 
 
 Durante o Estado de Sítio decretado em virtude de comoção grave de 
repercussão nacional ou de fatos que comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de defesa, só poderão ser tomadas contra pessoas
 estas medidas: 
 - obrigação de permanência em localidade determinada
 - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns
 - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei
 - suspensão da liberdade de reunião
 - busca e apreensão em domicílio
 - intervenção nas empresas de serviços públicos
 - requisição de bens
 
Um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é prerrogativa do 
presidente da República e também está previsto na Constituição. 
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  Trata-se de uma medida que permite às Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) atuarem com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade na segurança. 
  Recentemente, foi editado um decreto de GLO para que militares atuem na fiscalização de portos e aeroportos. 
 
 Anteriormente, a medida já foi utilizada para conter crises de 
segurança no Rio de Janeiro, no Espirito Santo e no Rio Grande do Norte. 
O que diz o artigo 142 da Constituição?
O artigo 142 da Constituição regulamenta a competência das Forças 
Armadas, mas não autoriza uma "intervenção militar constitucional", 
segundo parecer da Câmara dos Deputados sobre o artigo. 
 Textualmente, o dispositivo da Constituição diz o seguinte: 
"Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e
 pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, 
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade 
suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à 
garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer 
destes, da lei e da ordem".
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 "A 'autoridade suprema' do Presidente da República em relação às forças
 armadas significa simplesmente que a direção do Chefe do Poder 
Executivo não pode ser contrastada por qualquer autoridade militar, o 
que mais uma vez revela a prevalência do Poder Civil", diz o parecer da 
Câmara. 
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